4 maiores qualidades e defeitos dos executivos brasileiros

Mesmo que o executivo brasileiro seja, geralmente, otimista, sociável e criativo na empresa, eles pecam no inglês e na indisciplina

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Uma pesquisa realizada pela consultoria DA Consulting revela que mesmo sendo criativos, flexíveis e otimistas, os executivos brasileiros ainda precisam melhorar seu inglês e serem mais disciplinados.

O estudo, realizado com mais de 2.500 executivos e gestores de 30 empresas de grande porte no País, revelou quais são os maiores desafios e qualidades dos profissionais brasileiros. Confira:

Qualidades
Criatividade: diante de um problema, pessoas de diversas culturas têm dificuldade em criar soluções inovadoras e simplesmente emperram, apontou o estudo. O brasileiro, no entanto, é criativo e sempre encontra uma forma diferente para enfrentar as adversidades. Uma empresa com funcionários criativos aumenta a lucratividade, reduz custos, desenvolve novos serviços e produtos.

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Sociabilidade: os brasileiros são acessíveis e, em geral, demonstram gentileza que não se encontra em grande parte dos países estrangeiros. “Nós gostamos de ajudar os outros, de conhecer novas pessoas e culturas, condutas estas que tornam o ambiente corporativo bem mais agradável. Em uma frase: é fácil de trabalhar com brasileiros”, constatou o estudo.

Flexibilidade: estruturas rígidas de negócio ou de gerenciamento de pessoas estão, cada vez mais fadadas ao insucesso devido à velocidade das mudanças e do alto grau de competitividade da concorrência. Os gestores no Brasil são flexíveis e estão sempre dispostos a se adaptarem às mudanças.

Otimismo: esta é uma virtude nacional com maior reconhecimento. O líder brasileiro normalmente não tem medo de tentar algo novo e, na maior parte de tempo, adota uma visão positiva sobre os resultados esperados. “Essa energia é extremamente bem-vinda quando a equipe atravessa momentos difíceis. O bom humor é contagioso”.

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Defeitos
Dificuldade em dizer não ou dar feedback negativo: segundo o relatório, o brasileiro não sabe dizer não. Os executivos do País se abrem, inicialmente, de forma fácil e cordial, sendo avaliados positivamente por aceitar desafios e solucionar problemas. No entanto, por trás desta superfície e após este contato inicial, se constata que existe respeito exagerado à hierarquia e problemas na gestão do tempo.

O medo do conflito é uma das maiores causas da ineficácia dos gestores no Brasil. Mais de 70% dos executivos apresentam dificuldade em dar feedback negativo, indicou o estudo.

Inglês: este tópico não se restringe a questão da proficiência na língua, que ainda é um obstáculo, mas também abrange a falta de profissionais de nível global, como se observa na China e na Índia. Os executivos precisam ultrapassar as barreiras territoriais para entrarem em contato e se envolverem com ferramentas, fóruns, tendências e filosofias internacionais de gestão e gerenciamento.

A pesquisa constatou que grande parte dos executivos não participa de programas globais por causa dessa deficiência.

Volatilidade: profissionais de alto potencial e rendimento ainda são escassos. Para manter estes talentos, as empresas inflam artificialmente os salários e apressam planos de carreira. A consequência é um índice extremamente alto de rotatividade, gerando um custo muito elevado para companhias, governo e para os próprios executivos. Cerca de 30% dos profissionais com cargo de gerência mudaram de emprego nos últimos três anos.

Indisciplina e subjetividade: o brasileiro tem dificuldade em aceitar modelos estáticos e tende a desrespeitar processos básicos para formatação de diagnóstico para o gerenciamento do negócio e de pessoas. As análises acabam distorcidas e, portanto, as decisões e medidas práticas se tornam ineficientes e subjetivas. É comum o gestor confundir o relacionamento pessoal, e até a simpatia, com avaliação de competências e desempenho profissional.