4 habilidades que podem garantir seu emprego (ou sua promoção), segundo o CEO da Korn Ferry

Presidente da consultoria Korn Ferry compartilhou um pouco do que espera para o futuro do mercado de trabalho e deu dicas para os jovens profissionais

Giovanna Sutto

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Quem trabalha provavelmente já viu alguém ser promovido “injustamente”. Se João sabe tanto — e entrega tanto — quanto José, ambos deveriam receber um aumento, certo? Nem sempre.

Cada vez mais, as decisões de promoção e também de contratação estão levando em conta outros fatores além da performance ou da expertise técnica. Na avaliação de Gary Burnison, presidente global da consultoria organizacional Korn Ferry, as “habilidades interpessoais” são tão importantes quanto as técnicas na hora de avaliar profissionais e também candidatos a emprego.

“Nossa economia já foi baseada na agricultura; depois, na indústria. Hoje, está baseada em habilidades. O profissional que tiver as habilidades técnicas bem desenvolvidas e souber somá-las às interpessoais não vai ficar sem trabalho”, afirmou o executivo durante um encontro com jornalistas em São Paulo.

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Na sua opinião, as principais habilidades interpessoais (ou soft skills) que os profissionais devem desenvolver são as seguintes:

Na avaliação de Burnison, a maioria dos profissionais já está sendo treinada para desenvolver capacidades técnicas, e, por isso, as habilidades interpessoais farão tanta diferença. “Me preocupa a automação no sentido de formarmos muitos profissionais técnicos e esquecermos da importância do ser humano nas atividades. As empresas precisam ficar atentas e os profissionais, preparados”, afirmou. 

Talento x estratégia

O executivo acredita que os millennials podem ter uma vantagem nesse sentido. “Os millennials são ‘nômades’ quando se trata de carreira. Ao longo da vida, chegam a ter dezenas de empregadores. Para competir nesse novo mercado, precisam de habilidades diferentes e constante aprendizado e acham isso em diferentes empregos e cargos. Trocam de emprego para aprender coisas novas.”

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Seu conselho para os jovens profissionais é “liderar, ouvir e aprender”. “Lidere sua carreira, seja o protagonista; sempre ouça com atenção seus pares, gestores, superiores e quem estiver abaixo de você e aprenda constantemente.” 

Isso é importante para os profissionais e também para as companhias. Para Burnison, empresas com talentos tendem a se sair melhor que empresas com estratégia.Com pessoas talentosas, é possível executar qualquer estratégia, mas uma boa estratégia não pode ser executada se falta talento. No fim as contas, quem ganha o jogo são os jogadores e não o técnico”, disse.   

Com uma equipe de cerca de 10 mil pessoas, a Korn Ferry atua em mais de 50 países e, assim, tem contato com perfis diversos de profissionais. Uma maneira de avaliá-los com uma métrica única é analisar seu desempenho. “Nós não olhamos diploma, por onde passou, se tem PhD ou não; avaliamos o potencial e a performance do profissional durante sua carreira.” 

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.