25 coisas para remover do currículo agora

Não basta ter a qualificação, é preciso saber apresenta-la

Paula Zogbi

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – No dia primeiro de maio, a taxa de desemprego no Brasil estava em 10,9%, de acordo com o IBGE. Isso significa que recrutadores provavelmente recebem cada vez mais currículos para cada vaga de emprego que criam.

Para não ser dispensado logo de cara, o candidato precisa saber o que exatamente a pessoa que recebe suas qualificações quer ler – caso contrário, pode pecar pelo excesso.

Confira algumas coisas que não devem constar em currículos profissionais, de acordo com uma equipe de especialistas do site Business Insider

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1. Experiências irrelevantes

Algumas experiências do passado simplesmente não ajudam na busca por determinadas vagas.

É preciso ponderar se, direta ou indiretamente, aquela função exercida no passado pode ajudar na vaga futura.

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2. Informações pessoais

Religião, estado civil e CPF não estão entre as informações relevantes para um currículo. Algumas delas nem sequer podem ser exigidas pelo contratante.

3. Hobbies

Para quem contrata, é simplesmente irrelevante o que o candidato faz no tempo livre.

4. Mentiras

Isso pode parecer óbvio, mas pesquisas mostram que recrutadores flagram mentiras em boa parte dos currículos que analisam. Isso vale para cursos, experiências anteriores e qualificações gerais: foque nas suas características reais, ou você pode ser descoberto.

5. Idade

De acordo com Catherine Jew, acrescentar idade ou ano de formação no currículo pode fazer com que sua candidatura sofra discriminação.

6. Muito texto

Usar fontes e margens pequenas para que todo o conteúdo caiba em uma página é sinal de que há informação demais no documento. Espaços em branco e espaçamento de 0,8 mm ou mais são as configurações recomendadas.

7. Referências

Caso queiram referências de empregadores anteriores, os próprios recrutadores buscarão falar com eles. Não perca tempo nem espaço.

8. Formatação bagunçada

A forma do seu currículo é tão importante quanto a informação que consta no mesmo. Se necessário, use modelos prontos ou peça ajuda a algum especialista, mas nunca entregue um currículo com formatação confusa.

9. Pronomes pessoais

“Eu”, “meu”, “ela” são palavras proibidas em currículos, segundo especialistas. É redundante, pois já se parte do pressuposto de que aquele documento diz respeito ao candidato.

10. E-mail pouco profissional

Criar um novo e-mail é rápido e gratuito. Não passe vergonha e nem a impressão de desleixo.

11. Palavras desnecessárias

Escrever “número” ou “telefone” antes do contato é “bobo”, escrevem especialistas. O mesmo vale para o endereço de e-mail.

12. Tabelas, imagens, notas de rodapé

Com enormes quantidades de candidatos para avaliar, esses anexos podem até irritar os recrutadores. Pode parecer uma boa para melhorar a credibilidade, mas hoje existem sistemas automáticos que analisam currículos e que podem ser “enganados” por este tipo de informação.

13. Contato da empresa atual

O e-mail e telefone para contato no seu currículo nunca pode ser o profissional. É perigoso e burro: você não vai querer que um possível futuro empregador ligue no seu trabalho atual.

14. O nome do seu chefe

Só faz sentido escrever o nome do seu chefe atual no currículo se você não se importar (ou quiser) que o recrutador entre em contato com ele.

15. Nomeações exclusivas de empresas

Há companhias que criam nomes específicos para cargos internamente. Tome cuidado para usar a nomenclatura da indústria no geral, se não o recrutador pode ficar sem entender o que você faz.

16. Links não relacionados ao trabalho

Os endereços das suas redes sociais pessoais são irrelevantes para o recrutador; use apenas seu LinkedIn e eventuais portfólios eletrônicos.

17. Experiências de mais de 15 anos atrás

Empregos em que você esteve antes de 2000 perdem a relevância. Isso vale para cursos livres e certificados também.

18. Informações salariais

A definição salarial virá em algum momento. Mesmo que a vaga peça a pretensão, não é no currículo que esse número deve constar.

19. Fontes “antigas” ou exageradas

Fontes serifadas, como Times New Roman, já não são bem quistas pelos departamentos de RH. O mesmo vale para fontes divertidas ou chiques demais, que podem prejudicar a leitura.

Use uma fonte mais padrão, como Arial, ou a que combinar melhor com a formatação do seu currículo.

20. Expressões “irritantes”

“Pensar fora da caixa”, “de primeira linha” e “sinergia” foram algumas das expressões diagnosticadas por especialistas como irritantes.

21. Motivos de demissões

Ao contrário do que muitos candidatos pensam, explicar os motivos para ter deixado o emprego anterior não é positivo – apenas irrelevante.

22. Por que quer o trabalho

A explicação dos motivos pelos quais você se interessa pelo trabalho é algo que o recrutador terá a oportunidade de perguntar em uma eventual conversa ou entrevista. Qualificações e experiências já mostram por que uma pessoa se encaixa em determinada função.

23. Foto

Sua aparência não é relevante para a maioria das vagas de emprego que existem. Acaba tornando-se, ao contrário, uma distração.

24. Opiniões

Um currículo deve conter apenas fatos, não seu posicionamento pessoal a respeito de assuntos.

25. Empregos curtos

Se você teve um emprego por um curto período de tempo, evite lista-lo nas suas experiências – especialmente se tiver sido demitido ou não tiver gostado de trabalhar naquele lugar.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney