1 em cada 3 profissionais pede demissão por desestímulo e estagnação na empresa

80% dos profissionais ouvidos já pediram demissão em algum momento da carreira

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – A estagnação e o desestímulo são as principais causas para os profissionais pedirem as contas em busca de novas oportunidades. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de recrutamento Page Personnel, 18% dos consultados afirmam que pedem demissão por sentirem-se estagnados no emprego, enquanto 14% por sentirem-se desestimulados.

A pesquisa, realizada com 400 profissionais técnicos e de suporte à gestão em agosto e setembro deste ano, detectou ainda que quase 80% já pediram demissão em algum momento da carreira. Além de se sentirem desestimulados e estagnados, 22% informaram que fizeram o pedido após encontrarem outra oportunidade. Estar insatisfeito com o salário representa 9% dos pedidos de demissão e 8% saem porque avaliam ter baixa qualidade de vida no emprego. Outros 6% deixam a empresa por apresentarem problemas de saúde, 5% para se tornarem empreendedores, 4% saíram por estar insatisfeitos com os benefícios que recebem e 5% por outros motivos.

Para o gerente executivo da Page Personnel, Ricardo Haag, a estagnação e a desestímulo estão motivando a saída de um terço dos profissionais das empresas. “O que podemos entender é que há um problema de liderança, de gestão”, conta. “É papel do líder manter sua equipe motivada, buscando novos desafios para ela.”

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Uma maneira para estimular a equipe é manter um diálogo constante, segundo Haad. “Os gestores conseguem eliminar mal-entendidos e indicar aos seus subordinados a real importância que eles têm para a organização. É um procedimento simples, mas de extrema valia para alinhamento de expectativas”, conta.

Situações irritantes
O levantamento procurou saber dos entrevistados quais eram as situações mais irritantes no ambiente de trabalho. Uma gestão mal estruturada e sem planejamento é a que mais incomoda, para 21%. Falta de reconhecimento é motivo de irritação em 15% das respostas. Já 14% que apontaram a falta de feedback como motivador.

Outros fatores que irritam os profissionais são areas de suporte pouco ágeis ou de baixa performance, a gerência que sabe menos de mercado do que o subordinado e equipe, pouca infraestrutura, empresa de baixo desempenho e burocracias. Cobrança de habilidades ou conhecimentos que não são fornecidos por treinamentos na empresa somaram 4% e demissões que considerou injustas, 3%.