Conteúdo editorial apoiado por

Yoko Ono é dona de relógio roubado de John Lennon avaliado em R$ 26 mi, diz Justiça

O relógio Patek Philippe, com valor estimado em 4 milhões de francos suíços, foi um presente de aniversário de 40 anos ao ex-Beatle por parte de Yoko Ono

Reuters

Patek Philippe 2499 (Clyde94/Wikimedia Commons)
Patek Philippe 2499 (Clyde94/Wikimedia Commons)

Publicidade

Um relógio raro, presenteado a John Lennon por sua esposa Yoko Ono e que foi roubado após sua morte, não pertence a um homem italiano que o comprou de uma casa de leilões anos depois, decidiu nesta quinta-feira um tribunal suíço, abrindo caminho para que a peça seja devolvida a Yoko.

O relógio Patek Philippe, com valor estimado em 4 milhões de francos suíços, foi um presente de aniversário de 40 anos ao ex-Beatle por parte de Yoko Ono em 1980, apenas dois meses antes de seu assassinato, ocorrido em Nova York.

O relógio traz a inscrição “(JUST LIKE) STARTING OVER LOVE YOKO 10·9·1980 N.Y.C.” na parte de trás de seu mostrador de ouro 18 quilates. Trata-se de um verso de uma música que eles compuseram juntos.

Continua depois da publicidade

A decisão publicada pelo Tribunal Federal nesta quinta-feira confirma dois julgamentos anteriores de tribunais de Genebra, ocorridos em 2022 e 2023. Ela encerra uma batalha legal de anos entre Yoko Ono e um italiano que mora na China e que reivindicava a propriedade do relógio. Ele foi o apelante neste caso.

Como todos os nomes das partes envolvidas, sua identidade é fornecida na forma de código nos documentos legais suíços. A Reuters não conseguiu contato com seu advogado, pois sua identidade também foi codificada.

Documentos judiciais mostram que o relógio mudou de mãos e países várias vezes após ser levado pelo motorista turco de Ono em 2006. Ele alegou que Yoko consentiu que ele levasse o relógio. Na Turquia, o relógio mudou de mãos novamente em 2010, antes de ser vendido para uma casa de leilões alemã, que o revendeu para o cidadão italiano que mora na China.

Continua depois da publicidade

Yoko só descobriu que o relógio tinha sido roubado em 2014, depois que uma empresa sediada em Genebra, contratada pelo italiano para avaliar seu valor, avisou seu advogado. O relógio está atualmente sob custódia em Genebra pelo advogado do apelante, mostram documentos do tribunal suíço, e não ficou claro quando ou se ele será devolvido.