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Startup que conecta estudantes e mercado de trabalho chega ao Brasil

Portuguesa Networkme recebe extensão de aporte de R$ 3,5 milhões para crescer no país

Iuri Santos

Luciano Cacace, Head Brasil e Felipe Vieira, fundador e CEO. (Foto: Networkme/Divulgação)

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Uma plataforma de conexão entre estudantes e empresas que não prioriza a faculdade em que o estudante fez a graduação. Foram necessárias três passagens por cursos superiores diferentes para Felipe Vieira perceber que essa ideia poderia virar um negócio. Assim nasceu a Networme, empresa idealizada pelo recifense durante sua formação em Administração em Portugal, e que chegará ao Brasil em abril.

Fundada em novembro de 2020 por Vieira, atual CEO da startup, a Networkme tem crescido, em média, 15% ao mês e já tem, segundo a empresa, 28% da população universitária portuguesa conectada em sua plataforma. No Brasil, a expectativa é chegar a 300 mil estudantes de ensino superior até o fim de 2024. A empresa começará a operar com empresas parceiras em São Paulo, mas espera fazer uma expansão gradual para outros Estados nos próximos anos.

Para o desembarque no Brasil e a expansão no país, a empresa conta com uma extensão de um aporte no valor de R$ 3,5 milhões. Desde a sua fundação, foram captados aproximadamente R$ 10 milhões com investidores como Bankinter, Big Sur Ventures, Valutia, Verve Capital e, mais recentemente, Schilling.

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A plataforma funciona como um ponto de encontro entre estudantes universitários e empresas parceiras que aderem ao sistema. Após preencher um perfil básico, o estudante passa a escolher conteúdos interativos, no estilo gamificado, desenvolvidos pelas empresas que fazem parte do ecossistema. Com base em inteligência artificial, o perfil continua sendo nutrido com conteúdos de interesse do estudante e, por fim, as empresas podem encontrar alguém que se adeque às suas demandas por colaboradores.

Todo o processo serve para garantir ao estudante maiores chances baseadas em sua capacidade em detrimento do prestígio da instituição de ensino, diz a empresa. Embora o aluno normalmente escolha conteúdos relacionados à sua formação na plataforma, o processo favorece uma a identificação com áreas de interesse e perfil cultural.

“Defendemos que precisa haver um ‘fit’ com essa vaga. Hoje, isso é uma lacuna no mercado. As pessoas são contratadas por hard skills [competências técnicas] e demitidas por soft skills [competências de comportamento]. Nós tentamos inverter um pouco isso”, diz Vieira. 

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O foco da Networkme são as grandes corporações. Em Portugal, são mais de 500 empresas, como L’Oreal, Nestlé e Microsoft. No Brasil, o número ainda não é tão alto, mas a empresa chega ao país com parcerias como Microsoft e Johnson & Johnson. Quem toca a operação brasileira como head é o ex-diretor da Ânima Educação, Luciano Cacace.

“A proposta de valor me encantou muito, porque eu vivi essa dor de formar um aluno muito bem formado e ele não conseguir emprego”, diz Cacace. “Não é que ele não tinha competência. Ele não tinha oportunidade. Você se pergunta: ‘como ele está desempregado?’. E é porque ele não consegue chegar como os outros”, explica. O executivo espera usar a experiência e os contatos no mercado de educação para ajudar a expandir a operação brasileira.

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