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Sorriso, em Mato Grosso, tenta atrair investimento em processadora de soja

Prefeito Ari Lafin se reuniu com executivos da Bunge e investidores interessados em financiar projetos de armazenagem

Alexandre Inacio

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O prefeito de Sorriso (MT), Ari Lafin, está em São Paulo para negociar a instalação de uma processadora de soja em seu município. Maior produtora de soja do mundo, a cidade teria capacidade para receber pelo menos quatro novas indústrias, segundo ele.

Na mira do prefeito estão as grandes indústrias do setor – entre elas a americana Bunge, com quem Lafin tem um encontro marcado amanhã. Atualmente, a multinacional possui uma unidade de recepção de grãos em Sorriso e três fábricas em outros municípios de Mato Grosso, sendo duas em Rondonópolis e uma em Nova Mutum.

Apesar de deter o título de “capital do agronegócio” e de ser o maior município produtor de soja do mundo, com colheita de mais de 2 milhões de toneladas, Sorriso conta com apenas uma esmagadora, a única fábrica da Caramuru Alimentos fora de Goiás.

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“Temos uma região de muita produção. A soja de Sorriso, além de ser esmagada pela Caramuru e agora pela 3tentos (TTEN3), no entroncamento de Vera [a 70 quilômetros], vai para Nova Mutum [a 160 quilòmetros]. E a capacidade dessas esmagadoras já está nos limites”, afirmou Lafin.

Ari Lafin, prefeiro de Sorriso (foto: Divulgação)

Há cerca de um ano, o prefeito de Sorriso iniciou conversas com a também americana Cargill sobre a instalação de uma fábrica no município. Com uma única unidade instalada no sudeste de Mato Grosso, em Primavera do Leste, a múlti se mostrou receptiva à ideia, que está em fase de análise.

Mas o interesse da cidade não é apenas em atrair indústrias. Segundo o prefeito, outra área que atrai interesse dos produtores locais em investir é a de armazenagem. Segundo Lafin, produtores a partir de 400 hectares querem construir estruturas próprias, desde que encontrem linhas de crédito estruturadas e com juros competitivos.

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O prefeito esteve reunido nesta segunda-feira em São Paulo com empresários e investidores para apresentar as oportunidades oferecidas por Sorriso. O encontro foi organizado pelo NW Group. Entre os presentes estava um representante da Câmara de Comércio Brasil-Índia.

Segundo Lafin, os indianos estão de olho no potencial de produção de alimentos do Brasil, e considera que a Índia pode ser a nova China para o agronegócio brasileiro. Contudo, a base alimentar dos dois países é diferente, e Mato Grosso precisaria adequar sua produção para atender à nova demanda.

“A Índia está interessada no Brasil. Já passou a China em termos de população. Está interessada na produção de grão de bico, gergelim e nos chamados pulses [feijões, lentilhas e ervilhas], e nossa região é muito propícia para produzir esse tipo de alimento, principalmente durante o período de seca, com o auxílio dos pivôs [irrigação]”, disse Lafin.

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