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Sindicato global e ligas europeias processam Fifa por calendário do futebol mundial

Ação pode marcar um ponto crucial na relação entre os jogadores e a entidade que governa o futebol mundial

Equipe InfoMoney

Rodri, do Manchester City, após sofrer uma lesão. Action Images via Reuters/Jason Cairnduff
Rodri, do Manchester City, após sofrer uma lesão. Action Images via Reuters/Jason Cairnduff

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O FIFPro, sindicato global dos jogadores de futebol, uniu-se às ligas nacionais da Europa para apresentar uma queixa formal contra a FIFA na Comissão Europeia em Bruxelas, intensificando a luta pelo controle do calendário do futebol. A ação pode marcar um ponto crucial na relação entre os jogadores e a entidade que governa o futebol mundial.

Durante uma coletiva de imprensa na capital belga, líderes dos sindicatos de jogadores da França, Itália e Noruega se juntaram a representantes das ligas belga, inglesa e espanhola para esclarecer que não estão tentando destronar a FIFA, mas buscam um debate significativo sobre o calendário e outras questões que os impactam. David Terrier, presidente da FIFPro Europa, destacou a necessidade de diálogo, afirmando que a FIFA se recusa a ouvir os jogadores.

Uma pesquisa da FIFPro revela que os jogadores estão sobrecarregados e não têm tempo suficiente para se recuperar. Javier Tebas, presidente da La Liga espanhola, também criticou a FIFA por agir em interesse próprio ao expandir competições sem considerar o impacto no ecossistema do futebol.

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A queixa chega no momento em que a FIFA enfrenta dificuldades legais em relação às comissões dos agentes de jogadores e regras sobre transferências internacionais, que foram consideradas “não conformes” com a legislação da União Europeia. A FIFA anunciou que abrirá um “diálogo global” sobre suas regras de transferência, mas nunca enfrentou uma coalizão de críticos tão ampla quanto na disputa sobre o calendário internacional de partidas.

Os sindicatos de jogadores e ligas já estavam insatisfeitos com a FIFA após a decisão de expandir a Copa do Mundo masculina de 32 para 48 equipes. A criação da Copa do Mundo de Clubes de 32 equipes pela FIFA escalou o descontentamento, criando um calendário ainda mais apertado para os jogadores.

A FIFA ainda não respondeu à queixa formal, mas tem minimizado o impacto de seus novos torneios na carga de trabalho dos jogadores, afirmando que é responsável apenas por uma pequena fração do total de jogos disputados a cada temporada e que redistribui o dinheiro que ganha para ajudar no crescimento global do esporte.