A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), responsável por operar uma das maiores infraestruturas de conectividade acadêmica do planeta, chega aos 36 anos em um momento de consolidação tecnológica e fortalecimento institucional.
Criada em 1989, a organização nasceu como um projeto de pesquisa para interligar universidades e centros científicos em todo o país. E isso ainda antes da internet comercial existir no Brasil. “A tecnologia que adotamos para a rede acadêmica era a mesma que vinha sendo desenvolvida nos Estados Unidos e que mais tarde se tornaria a própria internet”, lembra Leonardo Lopes, gerente financeiro da RNP.
Até 1999, o projeto funcionava como uma iniciativa financiada por recursos federais, da Lei de Informática e até por organismos internacionais, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A virada ocorreu em 2002, quando a RNP foi qualificada como Organização Social (OS) federal, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Desde então, a entidade opera com foco em impacto público, não em retorno financeiro.
“Nosso resultado não é medido por lucratividade, mas pelos benefícios gerados à comunidade acadêmica e à sociedade”
Conectividade estratégica e atuação nacional
Hoje, a infraestrutura da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) atende mais de 1.800 instituições de ensino e pesquisa, incluindo universidades federais, estaduais, institutos federais e hospitais de ensino. E isso torna a rede um dos pilares da conectividade científica e educacional no Brasil.
O diferencial, segundo Lopes, está no alcance e no papel estratégico. “Promovemos conectividade e o bom uso da tecnologia em favor da educação, da pesquisa e da população. Em regiões pouco conectadas, levamos inclusão digital por meio de programas estruturantes”, diz, citando iniciativas como Conecta e Internet Brasil, voltadas ao desenvolvimento econômico por meio do acesso a tecnologias de qualidade.
- Leia também: Como as empresas de educação da Bolsa lidaram com as novas regras do EAD?
- E mais: Ensino superior é importante para os brasileiros? O que a resposta indica para setor
Momentos delicados e ajustes financeiros
Mas nem sempre a trajetória foi linear. Por ser mantida por recursos públicos previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), a RNP já enfrentou períodos de descompasso nos repasses federais. Os episódios mais críticos ocorreram em 2016 e 2018. “Tivemos impacto direto no nosso fluxo financeiro. Para superar, aprimoramos o planejamento de longo prazo e renegociamos prazos com fornecedores”, explica o gerente financeiro.
As ações ajudaram a preservar a continuidade dos serviços e reforçaram a necessidade de uma gestão mais robusta. Movimento que abriria espaço para novas uniões.
Parceria com a XP aumenta eficiência na gestão de reservas
A relação entre a RNP e a XP teve início em 2022 e, desde então, ganhou relevância dentro da estratégia financeira da organização. O foco é a gestão do fundo de reserva, mantido com perfil conservador.
“A XP nos apoia com análises consistentes do cenário político-econômico global e com as melhores opções de investimento dentro das nossas diretrizes institucionais”
A proximidade da equipe de assessoria, que já atua há mais de três anos com a entidade, trouxe previsibilidade e segurança às decisões de alocação.
Suporte estratégico e possibilidade de ampliar a relação
Para a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), a parceria se tornou um componente fundamental de governança financeira. “O suporte é completo e contribui diretamente para atingir nossos objetivos estratégicos como organização social que ajuda a conectar o país”, destaca o executivo.
O ganho de confiança é tão significativo que a instituição avalia ampliar o escopo da relação. Uma das possibilidades é a criação de ações de educação financeira para colaboradores, conduzidas com apoio da XP. “Estamos estudando expandir essa parceria porque acreditamos no impacto positivo que ela pode gerar internamente”, complete o executivo.