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Para onde vão os R$ 300 milhões captados pela Boa Safra?

Companhia tem plano para fábrica na região Sul, construção de CDs, diversificação de culturas e novas aquisições

Alexandre Inacio

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Com a conta corrente recheada com novos R$ 300 milhões, a Boa Safra Sementes (SOJA3) se prepara para por em prática sua nova fase de crescimento. Depois de triplicar de tamanho nos últimos três anos, desde o IPO, a estratégia agora tem quatro pilares fundamentais.

O primeiro passo é não descuidar de sua “vaca leiteira”. A venda de sementes de soja é o grande negócio da companhia e seguirá tendo atenção especial. O próximo movimento da Boa Safra será construir uma unidade de beneficiamento na região Sul do país.

“Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná representam um terço do mercado e iniciamos nossas vendas na região apenas neste ano. Trabalhamos com a ideia de um crescimento orgânico, mas, se um M&A aparecer, podemos rever a estratégia”, disse Marino Colpo, CEO da Boa Safra, ao IM Business.

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Marino Colpo, CEO da Boa Safra Sementes, na abertura do pregão da B3 após a captação de R$ 300 milhões no follow-on (Foto: Caue Diniz/Divulgação)

Líder no mercado de sementes de soja, com participação de 8,5%, Colpo tem em mente consolidar essa liderança e chegar a uma fatia de 15% até 2027. Para isso, a Boa Safra quer estar mais perto dos clientes por meio de centros de distribuição, o que torna esse o segundo grande pilar de crescimento.

Em abril, em menos de dez dias a empresa anunciou a construção de duas unidades em Mato Grosso. A primeira está sendo construída em Campo Novo dos Parecis, a 400 quilômetros a noroeste de Cuiabá. A segunda será instalada em Ribeirão Cascalheira, 780 quilômetros a nordeste da capital mato-grossense.

O terceiro caminho de crescimento da Boa Safra passa por um maior equilíbrio entre a receita gerada por cada cultura. Hoje, além da soja, a companhia comercializa sementes de trigo, milho, feijão e sorgo. Parte dos R$ 300 milhões serão destinados a financiar o crescimento dessas áreas, expandido a produção organicamente, ou adquirindo outras empresas.

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“Nos últimos três anos, investimos, em média, R$ 200 milhões por ano. Isso foi mais do que levantamos no IPO. Queremos manter esse ritmo ao longo dos próximos três anos”, diz Colpo. Segundo ele, o que exceder o valor captado no follow-on será aplicado com recursos do caixa ou emissão de dívidas.

Por fim, as aquisições estão no radar da Boa Safra. Segundo Colpo, desde que relacionados aos outros três pilares, os M&As sempre estarão na mesa.