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Oprah Winfrey defende injeções para emagrecimento e alfineta Vigilantes do Peso

Discurso favorece empresas como Novo Nordisk e Eli Lily; segmento de injetáveis é avaliado em US$ 80 bi

Bloomberg

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(Bloomberg) — A Novo Nordisk e a Eli Lilly têm uma nova aliada poderosa para conquistar o mercado de injetáveis contra a obesidade, avaliado em US$ 80 bilhões: Oprah Winfrey.

“Na minha vida, nunca sonhei que estaríamos falando sobre medicamentos para pessoas como eu”, disse Winfrey durante um especial de uma hora no horário nobre de segunda-feira na ABC.

O programa apresentava a ex-porta-voz do WeightWatchers anunciando uma resposta para a perda de peso diferente da que ela tinha no passado: drogas como Wegovy e Zepbound, cuja popularidade deixou Novo e Lilly correndo para acompanhar a demanda.

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Apesar de exaltar os injetáveis durante o especial de TV, Winfrey não revelou o nome de nenhum medicamento que tomou – revelação que, provavelmente, seria um grande benefício comercial para o fabricante do medicamento.

Mas ela deixou claro seu desgosto pelos WeightWatchers, agora conhecidos como WW International Inc.

Em uma conversa um tanto tensa, Winfrey foi até a CEO da WW, Sima Sistani, que estava sentada na plateia, e refletiu sobre suas décadas de efeito sanfona. De pé ao lado de Sistani, que permaneceu sentada, Winfrey perguntou: “Por que precisamos de WeightWatchers se temos Zepbound e Wegovy?”

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Sistani abordou o que se tornou uma questão existencial para toda a indústria da perda de peso. “WeightWatchers não se trata apenas de perda de peso, trata-se de comunidade, trata-se de educação, trata-se de cuidados, essa é a nossa nova filosofia”, disse ela.

Winfrey não é a primeira celebridade a falar bem dessas medicações, mas seu discurso promete repercutir entre o público que há tempos acompanha a batalha pública da ex-apresentadora contra o peso.

Em dezembro, Winfrey revelou que começou a tomar os medicamentos, conhecidos como GLP-1. Em fevereiro, ela deixou o conselho da WW, alegando conflito de interesses com seu especial de TV. As ações dos Vigilantes do Peso despencaram.

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A WW tem lutado para permanecer relevante, mesmo depois de ter adquirido uma startup de telemedicina para vender medicamentos contra a obesidade e ter abandonado a sua adesão total às mudanças de estilo de vida como forma de perder peso. Como as injeções têm ofuscado dietas e exercícios considerados ultrapassados, nem todos estão convencidos de que os serviços da empresa são necessários.

Durante o especial de TV, Winfrey fez menções aos medicamentos Wegovy, da Novo Nordisk, e Zepbound, da Lilly. Executivos de empresas rivais apareceram juntos pela “primeira vez em 100 anos”, brincou Winfrey, com ambos falando sobre a importância de expandir o acesso aos medicamentos – ainda não amplamente cobertos pelas seguradoras dos EUA.

A Novo não estava envolvido financeiramente no especial e não teve acesso à prévia do programa que foi ao ar. A empresa foi “convidada para uma participação”, dado o seu papel na investigação, desenvolvimento e fabricação de medicamentos para tratar pessoas que vivem com obesidade, segundo um comunicado. Uma porta-voz da Lilly confirmou a sua participação.

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Winfrey, que descreveu repetidamente a obesidade como uma doença, conversou com médicos que apoiam o uso dos medicamentos – alguns dos quais prestaram consultoria para a Novo, de acordo com um banco de dados aberto de pagamentos.

Ainda assim, à medida que a popularidade dos medicamentos aumenta, também surgem dúvidas sobre os seus potenciais danos – e se há médicos suficientes que oferecem conhecimentos especializados, além da distribuição de receitas. O especial da ABC abordou brevemente alguns efeitos colaterais indesejados, incluindo náuseas e vômitos.

Winfrey também ouviu de Amanda Velazquez, médica do Centro Médico Cedars-Sinai de Los Angeles, que alguns pacientes sofreram eventos adversos, mas os chamou principalmente de “exagerados”.

Enquanto isso, o especial de segunda-feira exibiu pelo menos dois comerciais da WW durante os intervalos comerciais, além de uma inserção para a Noom, uma startup de telemedicina que oferece medicamentos para perda de peso.

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