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Nvidia anuncia tecnologias para novas gerações de IA generativa

Empresa apresenta supercomputador baseado em chip para modelos de inteligência artificial

Iuri Santos

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A Nvidia anunciou nesta segunda-feira, no evento anual GTC, uma série de produtos com foco na nova geração de modelos de inteligência artificial. Batizada de Blackwell, a tecnologia promete aumentar a capacidade de treinamento e inferência (a resposta aos comandos do usuário com base nos dados disponíveis) das inteligências artificiais generativas de desenvolvedores como Google, Meta e OpenAI, avançados no desenvolvimento dos multimodais.

Toda a nova tecnologia tem como base a plataforma Blackwell, com chips que serão instalados aos supercomputadores da empresa, que é líder no mercado de desenvolvimento de processadores para IA generativa. A tecnologia tem, segundo a companhia, uma capacidade de treinamento para os modelos por trás das inteligências artificiais generativas quatro vezes maior que a de seu antecessor. A capacidade de inferência e a otimização energética são, respectivamente, 30 e 25 vezes maiores em comparação à antiga linha.

“Hoje, estamos experimentando um novo tipo de modelo de IA. Um modelo que não é construído por uma única inteligência artificial, mas por diversas delas”, disse o vice-presidente de hyperscale e computação de alto desempenho da NVidia, Ian Buck, em coletiva para a imprensa. Modelos como ChatGPT 4 (OpenAI), Gemini (Google), NLLB (Meta) e Mixtral (Mistral AI) demandam cada vez mais capacidade de processamento para dar respostas em tempo real. “Estamos agora no mundo de modelos de trilhões de parâmetros desses desenvolvedores mais avançados”, pontuou Buck. Parâmetros são as diversas variáveis que um modelo de linguagem compara para chegar em uma resposta ao comando do usuário.

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Grandes empresas de tecnologia desenvolvem estruturas cada vez mais poderosas para dar conta de toda essa demanda por processamento. Esse frisson na indústria de tecnologia promovida pelas inteligências artificiais generativas, bem como a liderança absoluta da Nvidia no desenvolvimento de hardware, tem alçado a empresa ao topo da lista de companhias mais valiosas do mundo. 

“À medida que entramos na mudança de plataforma de IA, continuamos a investir profundamente em infraestrutura para nossos próprios serviços e para os usuários do Cloud”, disse o CEO da Alphabet e do Google, Sundar Pichai. “Temos a sorte de possuir uma parceria de longo prazo com a Nvidia e estamos ansiosos para incluir recursos inovadores da GPU Blackwell”, aponta. A expectativa é que, entre as principais empresas a adotarem a novidade estejam AWS, Dell, Google, Meta, Microsoft, OpenAI, Oracle, Tesla e xAI.

Investimentos na indústria

Uma das apostas da Nvidia para o avanço dos usos de IA em 2024 é a aplicação industrial, potencializada pelos modelos multimodais. A empresa tem desenvolvido sistemas de IA capazes de aprender com a tecnologia de gêmeos digitais — tecnologia de captura e análise de dados recolhidos em processos fabris — para que inovações sejam aplicadas no mundo físico.

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As inovações são disponibilizadas por meio da plataforma de digitalização industrial Nvidia Omniverse. Segundo a empresa, cinco novas aplicações serão oferecidas aos desenvolvedores para facilitar a integração das tecnologias disponíveis no Omniverse por meio de APIs (mecanismos de comunicação entre dois softwares de diferentes fontes).

“Tudo o que for fabricado terá gêmeos digitais”, afirmou Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia. “O Omniverse é o sistema operacional para construção e operação fisicamente realista de gêmeos digitais. O Omniverse e a IA generativa são as tecnologias fundamentais para digitalizar o mercado de US$ 50 trilhões da indústria pesada.”

A Siemens, por exemplo, já utiliza inovações desenvolvidas pela Nvidia para a renderização de gêmeos digitais em ambientes imersivos, como plantar de fábricas. “Isso ajudará todos a fazer o design, construir e testar produtos da próxima geração, manufaturando processos e fábricas virtualmente antes deles serem construídos no mundo real”, disse o presidente e CEO da Siemens AG, Roland Busch.

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