Conteúdo editorial apoiado por

Musk muda de ideia e passa a criticar tarifas sobre veículos elétricos chineses

Bilionário disse que, nem ele, nem a Tesla, pediram por essas tarifas e que teria ficado surpreso com o anúncio; em janeiro, ele alertou que, sem barreiras comerciais, a China iria demolir a concorrência

Roberto de Lira

Elon Musk deixa escritório da Tesla em Washington acompanhado de segurança (REUTERS/Jonathan Ernst)

Publicidade

Numa aparente mudança de opinião sobre o tema, o bilionário fundador da Tesla, Elon Musk, se colocou como contrário às tarifas sobre veículos elétricos chineses pelo governo dos Estados Unidos. Numa participação por teleconferência no evento Viva Technology, em Paris, ele disse ontem não ser favorável a medidas que distorçam o mercado.

Em janeiro, durante a teleconferência de resultados de sua companhia, ele havia comentado que “se não houver barreiras comerciais estabelecidas, [as montadoras chinesas] praticamente demolirão a maioria das outras empresas de automóveis no mundo”.

Este mês, o presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou novas tarifas sobre uma série de importações chinesas, incluindo veículos elétricos, num busca por apoio às fabricantes americanas. Para o segmento, as tarifas foram quadruplicadas, para mais de 100%.

Continua depois da publicidade

A Casa Branca calculou que as novas medidas afetam US$ 18 bilhões em produtos chineses importados.

A medida foi criticada com veemência por Musk ontem. “Nem a Tesla, nem eu, pedimos essas tarifas. Na verdade fiquei surpreso quando elas foram anunciadas. Coisas que inibem a liberdade de troca ou distorcem o mercado não são boas”, disse o executivo.

“A Tesla compete muito bem no mercado na China, sem tarifas e sem apoio deferente. Sou a favor de nenhuma tarifa”, completou.

Continua depois da publicidade

(Com agências)