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Mona Lisa rapper? Nova IA da Microsoft anima rostos e cria vídeos a partir de fotos

Novo modelo, o VASA-1, consegue criar sincronização labial, movimentos de rosto e cabeça e simular expressões como raiva e sorrisos

Equipe InfoMoney

Mona Lisa cantando rap com áudio da atriz Anne Hathaway. Fonte: Microsoft/ Reprodução

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Nada de sorrisos enigmáticos. Em 2024, a Mona Lisa pode cantar rap. A novidade surge com a nova tecnologia de inteligência artificial apresentada pela Microsoft, a VASA-1.

Em documento aberto ao público, pesquisadores da Microsoft detalharam como funciona o novo modelo de IA desenvolvido: basta uma fotografia e um áudio para que o programa crie automaticamente um vídeo, de aparência realista, de uma pessoa falando.

Segundo a Microsoft, o modelo “não só capaz de produzir movimentos labiais perfeitamente sincronizados com o áudio, mas também de captar um amplo espectro de nuances faciais e movimentos naturais da cabeça que contribuem para a percepção de autenticidade e vivacidade”, diz a empresa.

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Os vídeos são surpreendentes (e assustadores). Há sincronização labial com o áudio, movimentos do rosto e da cabeça e é possível definir a expressão geral da imagem: feliz, bravo, sorrindo ou surpreso. Eles podem ser feitos com fotos reais, desenhos animados ou obras de arte – como no caso da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, cantando um rap com a voz da atriz Anne Hathaway.

A Microsoft afirmou que a tecnologia poderia ser usada para educação ou “melhorar a acessibilidade para indivíduos com desafios de comunicação”, ou potencialmente para criar companheiros virtuais para humanos, que emulam comportamentos de conversação”.

Na página de divulgação do modelo, a empresa apresenta uma série de testes. Os vídeos têm 512 x 512 e chegam a 45 quadros por segundo (fps, em inglês) em modo offline, com um limite de 40 fps para streaming.

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Riscos

O VASA-1 não será disponibilizado para uso comercial, segundo a Microsoft.

Segundo a empresa, devido aos acontecimentos recentes em que tecnologias de IA têm sido usadas indevidamente, não há “planos de lançar uma demonstração online, API, produto, detalhes adicionais de implementação ou quaisquer ofertas relacionadas até que tenhamos certeza de que a tecnologia será usada de forma responsável e de acordo com os regulamentos adequados.”

O documento ainda destaca que um dos objetivos desta nova técnica é avançar na identificação de conteúdo falso.

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“Estamos empenhados em desenvolver a IA de forma responsável, com o objetivo de promover bem-estar humano”, diz a Microsoft.