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Empresas de mercados de previsão provavelmente verão suas receitas crescerem cinco vezes, ultrapassando US$ 10 bilhões até 2030, segundo analistas do Citizens Financial Group.
Empresas como Kalshi e Polymarket têm registrado volumes de negociação em seus contratos de eventos que dispararam recentemente, oferecendo uma forma regulada de apostar em esportes, política e cultura.
Devin Ryan e uma equipe de analistas do Citizens estimam que as receitas da indústria atualmente giram em torno de US$ 2 bilhões por ano. Eles acreditam que na Robinhood, que oferece negociação dos contratos da Kalshi, esse tem sido o produto que mais cresceu na história da empresa e já representa cerca de 10% da receita da companhia.
Mas há um crescimento “exponencial” pela frente, concluem os analistas em nota enviada a clientes na segunda-feira, à medida que fundos hedge e outros usam esses mercados para apostar na probabilidade de movimentos de bancos centrais e fusões e aquisições.
“Aplicamos alguns paralelos semelhantes ao tipo de adoção que vimos em produtos como opções nos primeiros dias e a quantidade de penetração que observamos no início, e isso nos leva aos múltiplos do valor em dólares que está sendo transacionado hoje,” disse Ryan em entrevista.
Os mercados de previsão têm oferecido uma forma de apostar em esportes mesmo em estados onde o jogo não é legal, e isso representa a maior parte dos negócios da Kalshi até o momento.
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Isso, por si só, é uma grande oportunidade de negócio, com o mercado de jogos legais representando US$ 100 bilhões globalmente, segundo o Citizens. Empresas de apostas esportivas têm feito movimentos recentes para oferecer contratos de eventos para competir.
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Mas os analistas do Citizens dizem que os mercados de previsão oferecem uma forma direta e binária de apostar em eventos econômicos e corporativos que pode ser útil para uma ampla gama de investidores. Eles argumentam que isso é possível, em parte, porque as bolsas de mercados de previsão podem criar contratos rapidamente e “porque oferecem precisão incomparável para expressar opiniões e proteger riscos idiossincráticos que as ferramentas tradicionais não conseguem isolar adequadamente.”
“Estamos nos primeiros dias, as pessoas estão focadas em esportes porque é onde está a atividade,” disse Ryan. “Acho que isso perde o quadro maior. O prêmio maior será os mercados de previsão mais amplos sobre coisas que influenciam a economia ou as empresas.”
Essa negociação também pode gerar probabilidades e sinais que “se tornarão incorporados nos fluxos de trabalho institucionais, alimentando modelos quantitativos, painéis de risco e estruturas de alocação macro da mesma forma que spreads de crédito, inclinações de opções e volatilidades implícitas são usados hoje,” escreveram os analistas.
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Várias grandes empresas de bolsas financeiras entraram recentemente no negócio. A Intercontinental Exchange Inc. está investindo até US$ 2 bilhões na Polymarket e o CME Group Inc. lançou um novo aplicativo de negociação com a empresa de apostas esportivas FanDuel, unidade da Flutter Entertainment Plc.
Ainda há grandes questões regulatórias enfrentando a indústria, mas os analistas acreditam que há precedentes para navegar por essas questões a partir dos mercados de criptomoedas e opções.
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