Conteúdo editorial apoiado por

Bunge tem queda de 61% no lucro trimestral; resultado de processamento melhora

Empresa teve lucro ajustado de US$ 3,04 por ação no primeiro trimestre acima dos US$ 2,53 por ação esperado por analistas

Reuters

Publicidade

A trading de commodities agrícolas Bunge divulgou nesta quarta-feira um lucro melhor do que o esperado para o primeiro trimestre, à medida que fortes resultados do processamento de oleaginosas na Europa e na Ásia compensaram as margens mais fracas do comércio de grãos.

A maior processadora de oleaginosas do mundo reafirmou sua projeção para 2024 de lucro anual ajustado de US$ 9 por ação, abaixo dos US$ 13,66 do ano passado, devido às margens mais apertadas na maioria das regiões.

A Bunge e suas rivais do setor de agronegócios, incluindo a Archer-Daniels-Midland (ADM) e a Cargill, viram seus lucros caírem em relação aos recentes recordes históricos, uma vez que a oferta de safras globais aumentou e os preços caíram.

Continua depois da publicidade

O resultado positivo da Bunge ocorre em um momento em que a empresa está trabalhando para fechar um acordo para adquirir a Viterra, fusão que pode criar uma potência do agronegócio, mais próxima em tamanho da Cargill e da ADM, mas que levantou preocupações antitruste.

Na terça-feira, o Departamento de Concorrência do Canadá disse que encontrou grandes preocupações com relação à concorrência em torno da fusão proposta. O relatório não vinculativo foi enviado ao Ministério dos Transportes do Canadá, que tem até 2 de junho para analisar o acordo.

O segmento agrícola da Bunge, o maior em termos de receita e volumes, registrou lucros ajustados mais baixos no primeiro trimestre. Os bons volumes de exportação de safras foram mais do que compensados por margens fracas da trading, enquanto os resultados mais baixos de processamento na América do Norte e do Sul prejudicaram os ganhos favoráveis de processamento na Ásia e na Europa.

Continua depois da publicidade

O lucro do segmento de óleos refinados e especiais caiu devido aos fracos resultados na América do Norte e na Ásia, enquanto os ganhos da unidade de moagem aumentaram.

A empresa registrou um lucro ajustado de US$ 3,04 por ação nos três meses encerrados em 31 de março, em comparação com as estimativas dos analistas de US$ 2,53 por ação, de acordo com dados da LSEG.