Conteúdo editorial apoiado por

Kingspan Isoeste, de soluções isotérmicas, planeja construir nova fábrica no Brasil

Plano da empresa, que faturou R$ 2,3 bilhões em 2023, exigirá investimento de R$ 200 milhões

Felipe Mendes

Publicidade

A Kingspan Isoeste, especializada em soluções isotérmicas para construção civil, quer acelerar seu crescimento na América do Sul. A empresa está com planos de construir uma fábrica para expandir sua operação de painéis e coberturas térmicas no país em 2025, e prospecta oportunidades de investimentos na Argentina, no Paraguai e no Uruguai, onde tem duas fábricas. A tacada em solo brasileiro será a terceira após o anúncio da aquisição de 51% da Isoeste pela irlandesa Kingspan, em 2017, e deverá demandar um aporte de aproximadamente R$ 200 milhões. A empresa não divulga onde será a nova planta, apenas que será instalada em uma área total de 250 mil metros quadrados. Hoje, são cinco unidades fabris da empresa espalhadas pelo Brasil.

A ideia, segundo o CEO da Kingspan Isoeste, Cristiano dos Anjos, é fazer a marca ser mais conhecida no país, difundindo os benefícios da construção modular para a indústria. Também chamada de construção offsite, esse processo normalmente é mais rápido e menos custoso, por se tratar de algo parecido com uma linha de montagem, com o uso de estruturas pré-fabricadas. “O mercado de coberturas modulares no Brasil ainda é relativamente pequeno. Hoje, só 2% das construções usam coberturas isotérmicas. E temos metade desse mercado, que ainda tem muito potencial de crescimento”, diz Anjos. “Estamos trabalhando com os escritórios de arquitetura e montando projetos de revestimentos arquitetônicos em aço, que vão desde prédios a indústrias.”

Cristiano dos Anjos, CEO da Kingspan Isoeste (Foto: Divulgação)

Segundo ele, o modelo de construção modular, que antigamente era mais adotado por indústrias expostas a altas temperaturas e por frigoríficos, hoje já é usado em escolas, hospitais, shopping centers, entre outros, por ser mais rápida que a construção tradicional. “Hoje, há aeroportos inteiros sendo construídos em seis meses com esse tipo de estrutura industrializada”, diz o executivo. “Há uma rede de lojas que é nossa cliente que levava até 15 meses para construir uma unidade, mas que agora, com esse método, consegue fazer isso em cinco meses. Ou seja, está antecipando em quase um ano o faturamento do negócio.”

Continua depois da publicidade

A empresa atingiu um faturamento de R$ 2,3 bilhões em 2023, um avanço de 6% da receita em dólares em relação ao ano anterior. Para este ano, o objetivo é crescer mais 15%. Quando foi adquirida pela multinacional, em 2017, a Isoeste tinha uma receita de cerca de R$ 600 milhões. “Temos foco em crescimento orgânico e inorgânico, e vamos continuar crescendo dessa forma no Brasil”, diz Anjos, que assumiu o cargo de CEO em julho de 2023, após passagens por companhias ligadas ao setor de energia, como Porto de Açu e Schneider Electric. “A gente é do tamanho que é sendo um gigante desconhecido.”

Por ser uma multinacional, Anjos acredita que a Kingspan Isoeste consegue trazer soluções ainda inéditas ao mercado de construção no Brasil. Ele cita como exemplo os produtos da Kingspan Light + Air, vertente voltada a instalações sustentáveis para os empreendimentos. “São soluções que ajudam a trazer luz natural para dentro do prédio”, afirma.

Para chamar a atenção do público em geral, a empresa também investiu em uma linha chamada Benchmark, que auxilia no design de projetos, e decidiu patrocinar, em 2023, a equipe de futebol feminino do Corinthians. Por fim, Anjos faz um apelo para que o setor siderúrgico brasileiro amplie a produção de aços pré-pintados. Hoje, a maior parte desse material usado pela empresa é importada de outros países. “O Brasil hoje não tem capacidade produtiva para o consumo de aço pré-pintado, por isso temos de importar.”