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A principal barreira hoje para a ampliação do mercado livre de energia elétrica é a chegada da informação ao consumidor, avalia a head de marketing da Electy, Raphaela Rangel. O acesso ao ambiente de contratação livre ainda é dificultoso no Brasil, mesmo para os grandes usuários, que já podem escolher o fornecedor de energia no ambiente livre.
“O principal desafio hoje, é a informação, as pessoas saberem que podem ter essa opção”, diz a executiva.
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Segundo Rangel, isso ocorre justamente porque hoje o elo da cadeia que tem contato com os consumidores finais são as distribuidoras, que não têm interesse em difundir essas informações. Ao optar pelo mercado livre, o cliente deixa de consumir a energia elétrica comprada pela distribuidora e passa a escolher o seu próprio fornecedor de eletricidade. “Essa informação é pouco difundida, é uma barreira no mercado”, afirma Rangel.
A partir de janeiro de 2024, todos os grandes consumidores de energia no Brasil, ligados na média e alta tensão, foram liberados para entrar no mercado livre. Estão nesse grupo, por exemplo, hospitais, shoppings, supermercados e condomínios. Para os clientes de baixa tensão, como os residenciais, a liberação ainda está sendo debatida no governo, com previsão para ocorrer apenas em 2030.
Disseminação de informações
A Electy conecta consumidores finais de energia a fornecedores e atende a clientes do mercado livre, no caso da média e alta tensão, e de geração distribuída, para aqueles que estão na baixa tensão. A ferramenta fornece ao cliente final informações e ofertas personalizadas de comercializadoras e geradoras, com estimativas da economia na fatura, que pode chegar a 30% em relação ao preço cobrado pela distribuidora.
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O cliente informa a localização e o gasto mensal médio da conta de luz na plataforma da Electy e recebe uma simulação das melhores ofertas para reduzir o custo. Além da economia, a ferramenta também garante que a fonte da energia seja sustentável.
A ideia nasceu em 2022, com o objetivo de democratizar o acesso às diferentes opções no mercado de energia e educar os consumidores.
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“A gente vende de uma forma que as pessoas entendam o que, de fato, estão contratando”, diz
Rangel afirma que a maior parte das informações sobre o setor elétrico ainda são tratadas com termos técnicos, o que afasta potenciais clientes. Os próprios geradores e comercializadores têm dificuldade de se comunicar com o comprador.
“As pessoas ainda se perguntam: mas se abriu e eu posso contratar, como eu chego a um comercializador? Como eu faço pra ter acesso a isso?”, aponta.
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“A gente precisa falar a língua do cliente de uma forma que seja atrativa para ele”, acrescenta.
Além de atender diretamente aos consumidores, a Electy também tem parcerias com grandes empresas que oferecem o serviço a parceiros e colaboradoras. É o caso da Ambev (ABEV3), por exemplo, que passou a ofertar a plataforma a rede de bares e restaurantes que atende. Outra parceria atende assessores de investimentos credenciados à corretora XP.