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(Bloomberg) — As obras na fábrica de baterias da joint venture da Hyundai Motor Co. na Geórgia, que foi alvo de uma operação da imigração dos EUA, estão atrasadas enquanto as empresas envolvidas enfrentam escassez de trabalhadores.
O CEO da Hyundai, José Muñoz, disse em entrevista na quinta-feira que o trabalho acabará ficando atrasado em vários meses.
“Isso vai nos causar um atraso de no mínimo de dois a três meses, porque agora todas essas pessoas querem voltar”, afirmou. “Depois, é preciso ver como preencher essas vagas. E, na maior parte, essas pessoas não estão nos EUA.”

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Lee disse que os trabalhadores envolvidos no episódio chegarão a Seul na sexta-feira, 12.

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Os comentários vieram após uma operação na fábrica de baterias na Geórgia — que a fabricante sul-coreana administra em parceria com a LG Energy Solution Ltd. — na qual agentes federais detiveram 475 trabalhadores, a maioria coreanos. A operação causou impacto em toda a indústria, enquanto imagens dos detidos algemados pelos pulsos, cintura e tornozelos tensionaram as relações diplomáticas entre Seul e Washington.
A LG afirmou em comunicado que está “comprometida com nossos projetos nos EUA e continuará a lidar com as circunstâncias com o objetivo de manter os investimentos e negócios necessários.”
Os esforços para repatriar os trabalhadores estão avançando, e o avião fretado que os trará de volta deve sair dos EUA na quinta-feira e chegar à Coreia na sexta-feira.
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Mas as ramificações econômicas podem estar apenas começando.
A operação lançou dúvidas sobre bilhões de dólares em futuros investimentos de empresas coreanas nos EUA. A construção foi interrompida em vários locais da LG Energy Solution nos EUA, enquanto alguns funcionários coreanos estão relutantes em aceitar novas atribuições por medo de serem pegos em operações semelhantes.
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