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Google Cloud confia que irá atravessar crise entre EUA e União Europeia

O CEO do Google Cloud, Thomas Kurian, diz que a empresa tem capacidade para atravessar a disputa comercial global

Iuri Santos

Thomas Kurian, CEO do Google Cloud; Tara Brady, presidente do Google Cloud EMEA; Eduardo Lopez, vice-presidente do Google Cloud Latam (Foto: Iuri Santos/InfoMoney)
Thomas Kurian, CEO do Google Cloud; Tara Brady, presidente do Google Cloud EMEA; Eduardo Lopez, vice-presidente do Google Cloud Latam (Foto: Iuri Santos/InfoMoney)

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Executivos americanos e europeus do Google Cloud (GOGL34), provedor de computação em nuvem da gigante da tecnologia, acreditam que a empresa tem capacidades para atravessar a deterioração da relação entre União Europeia e Estados Unidos desde a posse do presidente americano Donald Trump.

“Nós gerenciamos uma cadeia de suprimentos global, operamos uma rede de distribuição global e já passamos por muitos ciclos como este. Seja em 2001, 2008 ou em 2020, quando ocorreu a crise da Covid”, disse o CEO em resposta à possibilidade de que países europeus retaliem companhias americanas com impostos. “Estamos certos de que nosso time de executivos vai lidar com isso.”

No último dia 2 de abril, Trump impôs uma “tarifa recíproca” de 20% sobre os produtos europeus importados pelos Estados Unidos no que chamou de “Dia da Libertação”. Antes que o americano anunciasse as medidas, a presidente do bloco europeu, Ursula von der Leyen, sugeriu que a resposta poderia vir pela indústria de tecnologia. Nesta quarta-feira (9), o presidente americano recuou das taxas por 90 dias.

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“Acho que todos vocês podem ver que a discussão sobre tarifas é extremamente dinâmica”, disse o CEO do Google Cloud, Thomas Kurian, em um tom bem-humorado a um grupo de jornalistas no Google Cloud Next 25′, em Las Vegas.

As empresas de tecnologia entraram na rota das disputas envolvendo tarifas retaliatórias e desconfiança de clientes europeus nos últimos meses.

Uma carta assinada em março por 100 companhias europeias, incluindo gigantes como Airbus e Dassault, reivindicava que a Europa se tornasse “mais tecnologicamente independente” de todas as camadas de infraestrutura crítica, após um discurso do vice-presidente americano J.D Vance no fórum de segurança de Munique, em fevereiro.

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Mesmo antes do arrefecimento das disputas com Washington, empresas de tecnologia americana como Amazon, Google e Microsoft foram implicadas em disputas envolvendo legislação antitruste na Europa.

“Os clientes europeus estão optando por operar e sempre dissemos que, à medida que o planejamento geográfico, o ambiente e as regulamentações nacionais evoluem, nós também evoluiremos para atender a essas exigências”, disse o presidente do Google Cloud EMEA (Europa e Oriente Médio), Tara Brady, sobre a possibilidade de países europeus desenvolverem suas próprias nuvens.

*O repórter viajou ao evento a convite do Google Cloud.

Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.