Zuckerberg diz que o mais importante que fez em Harvard foi site com fotos roubadas

Bilionário não considera mais relevante o Facebook, mas o Facemash, um site que expunha fotos digitais roubadas dos alunos e quase o levou à expulsão

Dave Smith Fortune

Mark Zuckerberg, CEO da Meta (David Paul Morris/Bloomberg)
Mark Zuckerberg, CEO da Meta (David Paul Morris/Bloomberg)

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Para Mark Zuckerberg, a criação mais significativa de seus dois anos na Universidade Harvard não foi o embrião de uma rede social global, e sim um site polêmico que quase o levou à expulsão.

O CEO da Meta disse, em um discurso de formatura em 2017 em Harvard que o site controverso, o Facemash, foi “a coisa mais importante que eu construí no meu tempo aqui” por um motivo simples: ele o levou a conhecer sua esposa, Priscilla Chan.

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“Sem o Facemash eu não teria conhecido Priscilla, e ela é a pessoa mais importante da minha vida”, disse Zuckerberg durante o discurso.

Em 2003, Zuckerberg, então estudante do segundo ano, criou o Facemash invadindo os diretórios online de alunos de Harvard e usando as fotos para montar um site onde usuários podiam ranquear o nível de atratividade dos estudantes.

O site viralizou, mas foi rapidamente tirado do ar pela universidade. Zuckerberg foi convocado diante do Conselho Administrativo de Harvard, acusado de violação de segurança, infração de direitos autorais e invasão de privacidade individual.

“Todo mundo achava que eu ia ser expulso”, lembrou Zuckerberg em seu discurso. “Meus pais vieram me ajudar a fazer as malas. Meus amigos organizaram uma festa de despedida para mim.”

Foi nessa festa, organizada por amigos que acreditavam que sua expulsão era iminente, que ele conheceu Priscilla, outra estudante de Harvard. “Nós nos conhecemos na fila do banheiro da Pfoho Belltower, e, no que deve ser uma das frases românticas mais improváveis de todos os tempos, eu disse: ‘Vou ser expulso em três dias, então a gente precisa marcar um encontro rápido’”, disse Zuckerberg.

Priscilla, que descreveu o agora marido à revista The New Yorker como “esse cara nerd que era só um pouquinho fora da curva”, topou sair com ele. Zuckerberg não foi expulso de Harvard no fim das contas, mas largou a universidade no ano seguinte para se dedicar à construção do Facebook.

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Enquanto o filme de 2010 A Rede Social retratou o Facemash como um passo crucial para a criação do Facebook, o próprio Zuckerberg minimizou sua importância técnica ou conceitual.

“E, sabe, aquele filme fez parecer que o Facemash foi superimportante para criar o Facebook. Não foi”, disse ele durante o discurso de formatura. Mas confirmou que a sequência de eventos desencadeada por ele — a audiência administrativa, a festa de despedida, a fila do banheiro — acabou conectando-o à mãe de seus três filhos.

Priscilla, por sua vez, formou-se em Harvard em 2007, deu aulas de ciências e depois cursou medicina na Universidade da Califórnia, em San Francisco, tornando-se pediatra.

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Ela e Zuckerberg se casaram em 2012 e, em 2015, cofundaram a Chan Zuckerberg Initiative, uma organização filantrópica dedicada a usar tecnologia para enfrentar grandes desafios globais em saúde, educação e ciência.

Priscilla atua como co-CEO da iniciativa, que se comprometeu a doar 99% das ações do casal na Meta Platforms para financiar seus projetos.

Para esta reportagem, jornalistas da Fortune usaram IA generativa como ferramenta de pesquisa. Um editor verificou a precisão das informações antes da publicação.

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