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Você está comunicando o propósito da IA aos seus funcionários mais jovens? Segundo novos dados de Harvard, a maioria teme que a IA vá tirar seus empregos.
O Instituto de Política da Harvard Kennedy School divulgou na quinta-feira a edição de outono de 2025 da Harvard Youth Poll, que mostra uma geração sob forte pressão. A pesquisa nacional com 2.040 americanos entre 18 e 29 anos foi realizada de 3 a 7 de novembro. Para os entrevistados, a instabilidade — financeira, política e interpessoal — se tornou uma característica definidora da vida cotidiana.
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Os jovens americanos veem a inteligência artificial como mais propensa a tirar algo do que a criar algo novo. A maioria (59%) vê a IA como uma ameaça às suas perspectivas de emprego, mais do que imigração (31%) ou terceirização de vagas para outros países (48%).
Quase 45% dizem que a IA vai reduzir oportunidades, enquanto apenas 14% esperam ganhos. Outros 17% não veem mudança, e 23% não têm certeza — e isso se mantém em todos os níveis de escolaridade e gêneros.
Além disso, os jovens temem que a IA enfraqueça o sentido do trabalho. Cerca de 41% dizem que a IA tornará o trabalho menos significativo, contra 14% que afirmam que o tornará mais significativo e 19% que acham que não fará diferença; um quarto (25%) diz não ter certeza.
Nas minhas conversas deste ano com CFOs e especialistas do setor, muitos disseram que o objetivo de usar IA é remover os aspectos manuais e repetitivos do trabalho para criar oportunidades mais significativas e intelectualmente estimulantes. No entanto, essa mensagem ainda não parece estar chegando aos funcionários mais jovens.
Há muita discussão pública e um medo generalizado de que a IA vá, principalmente, tirar empregos, mas uma pesquisa do McKinsey Global Institute divulgada na semana passada oferece outra perspectiva.
De acordo com o relatório, a IA poderia, em teoria, automatizar cerca de 57% das horas de trabalho nos EUA, mas esse número mede apenas o potencial técnico das tarefas, não a perda inevitável de empregos, conforme noticiou a Fortune.
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Em vez de substituição em massa, os pesquisadores da McKinsey argumentam que o futuro do trabalho será definido por parcerias entre pessoas, agentes e robôs — todos impulsionados por IA, mas dependentes da orientação humana e de um redesenho organizacional.
O principal motivo pelo qual a IA não deixará metade da força de trabalho imediatamente de lado é a relevância contínua das habilidades humanas.
A pesquisa de Harvard também descobriu que os jovens têm maior confiança na IA para tarefas escolares e profissionais (52% no total, 63% entre universitários) e para aprendizagem ou reforço escolar (48% no total, 63% entre universitários). Mas a confiança cai drasticamente em assuntos pessoais.
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Funcionários jovens são considerados nativos da IA. No entanto, é importante reconhecer que eles não viveram tantas grandes mudanças tecnológicas quanto funcionários mais experientes, como o surgimento da internet.
Não que a IA não vá transformar a força de trabalho, mas ainda há espaço — e necessidade — para humanos. Cabe aos líderes comunicar com clareza como a IA vai mudar funções, quais tarefas ela vai automatizar e também oferecer treinamento contínuo e orientação sobre como os funcionários ainda podem desenvolver suas carreiras em um ambiente de trabalho impulsionado por IA.
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