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Fazenda Futuro mira em “flexitarianos” para crescer no plant-based

Empresa quer ser tornar um ‘one-stop-shop’ para alimentos produzidos à base de plantas no Brasil

Alexandre Inacio

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Prestes a completar cinco anos de vida, a Fazenda Futuro vai acelerar em 2024 seu plano para se transformar em uma espécie de hub para alimentos feitos a partir de vegetais. A empresa se prepara para ir muito além do seu carro-chefe, o hambúrguer.

Considerada uma foodtech, a Fazenda Futuro ficou conhecida por inaugurar a categoria de hambúrguer plant-based no Brasil. Depois de lançar em 2023 seu leite à base de aveia, que simula o de vaca, a empresa quer agora desenvolver produtos como queijo, mel, pão e até bacon.

A startup não abre dados de faturamento ou investimentos. Para Mariana Tunis, diretora de marketing da Fazenda Futuro, o desenvolvimento e lançamento dos novos produtos foram incluídos no plano estratégico apresentado aos investidores.

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“Essa será a Fazenda Futuro 2.0. Queremos ser um ‘one-stop-shop’ para alimentos plant based e o primeiro passo nesse sentido foi dado com o lançamento do leite a base de aveia no segundo semestre do ano passado”, disse Mariana ao IM Business.

Mariana Tunis, diretora de marketing Fazenda Futuro (Foto: Divulgação)

Segundo a executiva, a empresa tem mirado em um perfil de consumidor que ainda consome proteína de origem animal, porém, tem introduzido os produtos à base de planta na dieta. Não por acaso. Os chamados “flexitarianos” representam um universo muito maior de potenciais consumidores do que apenas os veganos ou vegetarianos.

“O principal drive para uma mudança de hábito de consumo é a saúde. Em segundo lugar aparece o meio ambiente e em terceiro o bem-estar animal”, afirma Mariana.

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As novas apostas da Fazenda Futuro ocorrem em um momento em que o mercado de produtos plant-based passa por um momento de incerteza. Uma das referências do setor, a americana Beyond Meat viu o preço de suas ações derreter nos últimos anos, depois que os resultados esperados não apareceram.

Por aqui, a BRF (BRFS3) anunciou em 2023 que estava abandonando a fabricação de produtos à base de plantas. Para preencher o gap, a empresa anunciou uma parceria para distribuir os produtos da PlantPlus, uma joint venture formada entre Marfrig (MRFG3), sua controladora, e a americana ADM.

Um ano antes, foi a vez da JBS (JBSS3) reduzir seu negócio de plant-based. A empresa brasileira comunicou o encerramento das atividades da Planterra em 2022 nos Estados Unidos, apenas dois anos depois de ter adquirido a companhia. Hoje, a JBS mantém uma pequena operação na Europa e também no Brasil.

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Hambúrguer feito de plantas, desenvolvido pela Fazenda Futuro (Foto: Divulgação)
Hambúrguer feito de plantas, desenvolvido pela Fazenda Futuro (Foto: Divulgação)

No caso da Fazenda Futuro, o breakeven ainda não foi alcançado. A startup chegou a ter seu valor de mercado avaliado em mais de R$ 2 bilhões e atraiu o interesse de diversos tipos de investidores. Em 2022, a cantora Anitta mostrou seu lado empresária e anunciou ter se tornado uma das investidoras da Fazenda Futuro.

Segundo Mariana, a pandemia interrompeu o ritmo de crescimento da Fazenda Futuro, especialmente no mercado doméstico. Por ser novo, as ações nos pontos de venda para experimentar o produto são essenciais e precisaram ser interrompidas.

Hoje, 60% das vendas ocorrem no mercado interno e 40% das exportações. A empresa quer recuperar agora o tempo perdido durante a pandemia. Contudo, por questões estratégicas, o prazo para que a foodtech comece a dar lucro não pode ser revelado.

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