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Sob nova gestão, Espaçolaser divulga lucro 21% maior e projeta expansão

Margem Ebitda da rede de depilação foi a melhor dos últimos 10 trimestres

Felipe Mendes

Magali Leite, CEO da Espaçolaser, Divulgação

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A reestruturação da rede de clínicas de depilação Espaçolaser começou a dar frutos. A empresa reportou nesta quinta-feira (9) sua melhor margem Ebitda desde o quarto trimestre de 2021, com ganhos de 2,8 pontos percentuais, para 26,9%. Além disso, houve crescimento em diversas frentes. O lucro líquido ajustado da rede avançou 21,3% no primeiro trimestre frente ao mesmo período do ano passado, para R$ 13,2 milhões. Já a receita líquida subiu 2,7%, para R$ 274,8 milhões. Os resultados foram impulsionados, segundo a empresa, pela bom desempenho de vendas acumulado desde o quarto trimestre de 2023.

Recém-empossada no posto de presidente, a executiva Magali Leite contou ao InfoMoney que seu sucessor, Paulo Camargo, tem participado do período de transição no comando, mas que as decisões já estão centralizadas nela. “O Paulo ainda vem eventualmente à empresa e está acompanhando as coisas, mas ele está deixando bastante espaço para eu começar a imprimir a minha marca na gestão”, afirma ela. “Temos estilos diferentes de agir e de reagir diante dos fatos. Ele é mais contido, e eu já sou mais da celebração.”

A empresa encerrou o primeiro trimestre do ano com 854 unidades físicas e a abertura de nove franquias em regiões estratégicas no período. Embora não dê guidance de inaugurações para o ano, a CEO revela que a Espaçolaser deve entregar um número maior de novas unidades este ano frente a 2023, quando inaugurou 50 clínicas no Brasil. “A gente já tem hoje um backlog maior do que o volume de aberturas do ano passado. Então, é bem possível que a gente consiga evoluir bastante acima do que fizemos no ano passado”, conjectura.

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De cara nova

Recentemente, a empresa anunciou um rebranding de sua marca, com intuito de gerar uma comunicação mais “diversificada e inclusiva em diversos canais”. Após o reperfilamento de suas dívidas, anunciado em fevereiro, a empresa está dedicando boa parte de seu capital de investimentos para inserir mais tecnologia na relação com o consumidor. O objetivo, com isso, é melhorar a experiência de pagamentos e de agendamentos de sessões dos clientes.

“A gente saiu de uma alavancagem de 3,2 vezes no primeiro trimestre de 2023 para 2,3 vezes agora. Isso nos dá condição de seguirmos com as nossas próprias pernas”, diz Magali. “Eu tenho um programa de investimentos já robusto para esse ano onde a minha geração de caixa vai dar conta de fazer isso.”

No âmbito internacional, a CEO mostrou-se satisfeita com o desempenho obtido pela empresa no Chile, onde inaugurou três franquias no período, encerrando o trimestre com 27 clínicas, das quais 19 são próprias. No país, as vendas totalizaram R$ 7,2 milhões no período, avanço de 19,6% frente ao primeiro trimestre do ano anterior. “A gente viu um aumento de trânsito de clientes e de consumo do nosso produto nessas férias de verão, que suportaram essa venda de R$ 7,2 milhões, o que nos deixou muito satisfeitos”, diz Magali.

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Depois de repassar sua operação na Colômbia para a F3L, a Espaçolaser cresceu 33% no país no primeiro trimestre deste ano. Hoje, são sete lojas no país (foram encerradas duas operações deficitárias no período). Magali projeta uma expansão mais agressiva de seu master franqueado no país nos próximos trimestres. “O programa de expansão deles é um pouco mais agressivo do que a gente estava disposto a fazer quando a gente estava fazendo uma gestão direta”, afirma a executiva.

“A gente diminuiu de nove para sete lojas quando firmamos a parceria com eles. Fechamos as unidades que não estavam com um nível de rentabilidade adequado para poder evoluir daqui para frente.”

Recuo na Argentina

Na Argentina, no entanto, as vendas caíram cerca de 18% no período. A empresa continua apostando no país vizinho, tanto que inaugurou duas unidades por lá este ano, mas vê sua clientela impactada pelas medidas macroeconômicas lançadas pelo governo de Javier Milei.

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“A gente identifica que essa queda de 18% foi atrelada, principalmente, ao cenário macroeconômico e à inflação com a desvalorização da moeda. A gente está conseguindo evoluir no país, mas os salários lá não acompanham o aumento dos preços, o que acaba levando a uma priorização da população aos gastos com necessidades básicas”, aponta. “Mas os clientes continuam usando nosso produto lá, tanto que em procedimentos tivemos uma redução menor, de 6% no período.”