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Esfera avança na gestão de usinas e define plano para ganhar escala no varejo

Empresa faz a gestão de 3,7% da potência instalada em geração de energia do país, e diversifica portfólio

Rikardy Tooge

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Em um ambiente favorável à tese de transição energética, a Esfera garantiu sua posição nas principais fontes limpas de geração de energia. Com a recente aquisição da Volga Gestora de Energia, a Esfera incluiu em seu portfólio usinas de biomassa, segmento em que ainda não operava.

“Já administramos ativos de energia eólica, solar e hidráulica e essa aquisição complementou nosso perfil de geração”, aponta Guilherme Esperidião, vice-presidente de aquisição de clientes e transformação de negócio da Esfera Energia. Com a incorporação de 45 unidades geradoras da Volga, que incluem também usinas solares e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), a Esfera passou a contar com 113 ativos de geração em sua carteira, ou 3,73% da potência total disponível no Sistema Interligado Nacional (SIN) brasileiro.

Guilherme Esperidião, vice-presidente de aquisição de clientes e transformação de negócio da Esfera Energia (Divulgação)

Essa frente de negócios da Esfera é uma saída para empresas não familiarizadas com o setor elétrico e que compraram parques de geração para suas metas de descarbonização terem melhor eficiência desses ativos. “Ajudamos a empresa com a parte regulatória, também fazemos o trading de energia, buscando o melhor momento para negociar o excedente no mercado”, prossegue Esperidião. 

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No segmento de gestão de ativos, o objetivo da empresa é agregar 54 novos ativos até o fim do ano. Para chegar ao número, o foco está na aquisição de pequenas gestoras de energia, que tenham de 20 a 30 usinas sob gestão. Apesar da relevância da vertical para a empresa, a Esfera busca ser reconhecida junto ao mercado como uma plataforma de energia. 

Para isso, tem avançado na sua relação com o varejo, a começar pelos negócios de geração distribuída (GD), que garantiu a migração de clientes de baixa tensão (residências, em especial) para sua base. Com a recente abertura do mercado livre de energia para clientes de média tensão, a empresa fisgou algo próximo de 5% dos mais de 14 mil pedidos de troca feitos pelas unidades consumidores.

“Nós entendemos que esses públicos precisam do máximo de digitalização possível [para ter segurança para migrar]. Além da tecnologia, temos também que aprimorar o time comercial e nossa própria análise de crédito, que é muito diferente de uma relação B2B”, reforça o executivo. O movimento da Esfera vai em linha com outros players do segmento, que iniciaram uma verdadeira corrida ao ouro pelos clientes de média (pequenas indústrias e comércios) e, até o fim da década, os de baixa tensão.

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“Houve, de fato, uma corrida, mas entendemos que ela abre possibilidades tanto no público do varejo quanto em grandes empresas. Muitas empresas centraram foco no público médio e abriu espaço para grandes empresas buscarem outro prestador de serviço, por exemplo”, explica Esperidião. “Nós entendemos que essa nova fase do mercado livre vai se estabilizar nos próximos anos e será natural uma consolidação.”

Pensando nos próximos anos, a empresa tem usado sua vertical de venda de geração distribuída para aprimorar sua relação com o cliente do varejo para uma abertura total do mercado, prevista para ocorrer até 2030. “Entendemos que a GD vai ‘virar a chave’ nesse consumidor, para que ele já esteja familiarizado quando ocorrer a abertura da baixa tensão”, completa.

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Rikardy Tooge

Repórter de Negócios do InfoMoney, já passou por g1, Valor Econômico e Exame. Jornalista com pós-graduação em Ciência Política (FESPSP) e extensão em Economia (FAAP). Para sugestões e dicas: rikardy.tooge@infomoney.com.br