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O Deutsche Bank anunciou a demissão de 111 gerentes seniores em sua unidade de varejo e gestão de patrimônio privado como parte de um esforço para implementar cortes de custos profundos e atender a metas desafiadoras para 2025. As informações são do jornal britânico Financial Times.
A instituição financeira com sede em Frankfurt busca reduzir a relação custo/receita da unidade, que era de 80% no ano passado, para entre 60% e 65% no próximo ano. Nos primeiros nove meses de 2024, essa relação estava em 77%.
Claudio de Sanctis, que assumiu a liderança da unidade em meados de 2023, afirmou que alcançar a meta de custo/receita exigirá mais trabalho, mas ele está “firmemente comprometido” com o objetivo, segundo o jornal. De Sanctis ressaltou que, para atingir essa meta, será necessário não apenas cortar ainda mais custos, mas também buscar crescimento de receita em todas as linhas de negócios da unidade.
De acordo com o FT, a unidade de private banking do Deutsche Bank, que inclui o segmento de varejo de massa na Alemanha e a área de gestão de patrimônio, representa 31% da receita do banco, mas apenas 23% de seu lucro. Essa divisão tem sido considerada uma área de baixo desempenho, incapaz de gerar o retorno sobre o capital e que irritou clientes e reguladores devido a uma migração de TI mal executada.
A reestruturação da unidade é um dos pilares da estratégia do CEO do Deutsche Bank, Christian Sewing, que foi co-chefe da divisão até 2018. Os dois predecessores de De Sanctis foram substituídos após não conseguirem cumprir as metas de custos e lucratividade. De Sanctis, ex-banqueiro do Credit Suisse, está fechando mais de 300 agências na Alemanha, fundindo três níveis de gestão e reduzindo o número de funcionários da linha de frente em 6,5% para tentar cortar despesas.
O foco da reestruturação está na eliminação de funcionários seniores bem remunerados, especialmente diretores e gerentes gerais. Os 111 empregos cortados — que não incluíam todos os cargos voltados para o cliente — representaram 8% dos diretores e gerentes gerais da divisão. Além disso, De Sanctis reduziu significativamente os gastos com consultores externos, que caíram 75% em comparação com uma estimativa de 70% no ano passado.
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De Sanctis também indicou que o banco precisará começar a contratar em sua divisão de gestão de patrimônio no próximo ano, após quatro anos consecutivos de cortes de custos. Em particular, a divisão precisa aumentar o número de gerentes de relacionamento que atendem pessoalmente clientes ricos.