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De olho no fluxo São Paulo-Dubai, Emirates cria categoria intermediária de cabines

Companhia aérea escolhe São Paulo para trazer sua modalidade 'premium economy', meio-termo entre as classes econômica e executiva

Felipe Mendes

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A maior restrição por parte das empresas para viagens de funcionários pós-pandemia de Covid-19 levou a companhia aérea Emirates a investir em uma opção que ocupe o espaço entre a classe executiva e a econômica. Chamada de “premium economy”, a nova modalidade tem cabines privativas, maiores e mais espaçosas que as disponíveis na classe mais barata, e chegou à rota Dubai-São Paulo nos últimos dias. A empreitada faz parte de um esforço de retrofit global, iniciado em 2022, com um investimento estimado em US$ 2 bilhões.

A opção vem para dar mais comodidade nos longos voos entre São Paulo e a capital dos Emirados Árabes Unidos, Dubai, que demanda mais de 15 horas. “Por motivos econômicos, muitas empresas acabaram reformando suas políticas de viagens, o que tem levado funcionários, com exceção dos executivos da diretoria sênior, a viajarem mais na classe econômica. Acredito que essa possibilidade de premium economy vai atrair esse público”, diz o francês Stephane Perard, diretor-geral da Emirates no Brasil, ao IM Business. “Também estamos vendo que o público de lazer está disposto a pagar um pouco mais para ter uma entrega de serviço melhor, com mais privacidade e conveniência. Em voos longos, há um potencial maior para converter passageiros”, complementa.

O upgrade realizado pela aérea foi iniciado em 2022, em um aporte de US$ 2 bilhões, que só chegou ao Brasil neste final de ano. Primeiramente, a novidade foi disponibilizada para viagens na rota São Paulo-Dubai em novembro. A partir da próxima segunda-feira (11), todas as viagens nesse roteiro estarão adaptadas com 56 lugares da nova classe à disposição dos passageiros em seu Airbus A380. Ao todo, a aeronave comporta 484 passageiros. “A premium economy tem assentos maiores e mais espaçosos. Com isso, no entanto, tivemos que diminuir o número de assentos”, afirmou Perard. Para a inserção da nova categoria, mais de 80 assentos da classe econômica foram retirados da composição. Mesmo assim, o executivo considera que o saldo com o upgrade será positivo para o balanço da empresa.

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Em um primeiro momento, a novidade ficará restrita a São Paulo. A empresa opera quatro voos semanais em um trecho composto por Dubai, Rio de Janeiro e Buenos Aires, com uma aeronave menor, o Boieng B777-20, que não tem capacidade de receber os assentos da premium economy. A Emirates, no entanto, estuda formas de atender a essa rota com uma frequência diária em 2024, o que a levaria a retomar o número de voos que a companhia disponibilizara antes da pandemia de Covid-19 na região –  hoje, a empresa opera com uma oferta 20% menor em relação a 2019. “Nós estamos observando a demanda do Rio de Janeiro para aumentar essa frequência. É uma coisa que pode acontecer no próximo ano”, afirma Perard.

O grupo Emirates registrou uma receita de US$ 18,3 bilhões no primeiro semestre do ano fiscal 2023-24, que tem início em abril, uma alta de 20% frente a igual período do ano anterior. A empresa também viu seu lucro líquido subir 138%, para US$ 2,7 bilhões, na mesma base comparativa. Desde que fora implementada pela holding em agosto de 2022, a modalidade premium economy foi escolhida por cerca de 160 mil passageiros.

IM Business

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