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De olho em faturamento bilionário, Bravium chega a mais 3 países da América Latina

Plataforma de programas de incentivo expande negócios para Equador, Costa Rica e Uruguai e diz buscar possíveis aquisições

Iuri Santos

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Em meio a uma expectativa de faturamento bilionário, a plataforma digital especializada em programas de incentivo e fidelidade Bravium está expandindo sua operação para três novos mercados. Antes presente em oito países da América Latina, empresa chega agora a Equador, Costa Rica e Uruguai por provocação de alguns dos seus atuais clientes, concentrados no Brasil.

Com oito novos contratos fechados nos primeiros quatro meses de 2024, a plataforma diz chegar a 60% da sua meta de faturamento para o ano, projetado em aproximadamente R$ 700 milhões. Se atingido, o valor será 40% superior aos R$ 500 milhões de receita obtidos em 2023. Tudo é parte de um plano ainda mais ousado: a Bravium espera bater um faturamento anual de R$ 2,5 bilhões nos próximos cinco anos.

Mudanças no setor

A projeção otimista ocorre enquanto uma das principais companhias do segmento, a Infracommerce (IFCM3), enfrenta dificuldades em conquistar bons resultados operacionais e convencer especialistas de que o cenário macroeconômico e setorial possam alterar e mudar os fracos desempenhos recentes. Parte dos contratos angariados nos primeiros meses do ano, afirma a Bravium, vieram de antigos clientes da Infracommerce.

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“O mercado não está fácil. Os nossos clientes estão revendo toda parte de custo, buscando eficiência, e nesse sentido, para nós, é ótimo”, diz Adelmo Inamura, CEO da Bravium. “Nossas soluções endereçam essas dores: como ter eficiência, gastar menos, vender melhor. Quando a empresa se relaciona melhor com seus canais, ela desperdiça menos recursos na cadeia.”

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Hoje, 70% do faturamento da Bravium vem de programas de relacionamento, com soluções de fulfillment que vão desde armazenagem (são cinco centros de distribuição no Brasil e 14 na América Latina) até entrega de produtos. Uma linha de full commerce, solução de terceirização para marketplaces, no entanto, tem sido tratada como um dos principais pontos de crescimento para a companhia.

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Embora a operação internacional ainda represente apenas 10% do faturamento da companhia, a expectativa é de crescimento nos próximos anos. O mercado mexicano, por exemplo, é central na estratégia de expansão, seja nas soluções de full commerce ou nas de programas de relacionamento. Hoje, o México passa por um momento de digitalização do seu comércio e empresas com soluções consolidadas no Brasil têm aproveitado o movimento para crescer na região.

Novos investimentos e IPO

A Bravium nasceu de uma fusão de uma empresa de mesmo nome com a Satelital e a Atrus, já controladas, desde antes, pelo mesmo grupo. Foi a Satelital, em 2007, a primeira das três a entrar no mercado de programas de coalizão, com parcerias junto a companhias aéreas e instituições financeiras, como Azul (AZUL4) e Itaú (ITUB4).

“Em 2012, fundamos a Bravium para atender a um novo segmento, as indústrias. A ideia foi ampliar o foco dos bancos e aéreas”, diz Inamura. “Quando abrimos para esse novo mercado, passamos a investir muito mais na parte de tecnologia e plataforma”, explica. Diferentemente dos tradicionais programas de pontos e milhas para pessoas físicas, entrou uma intermediação por meio de plataforma entre empresas.

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Um dos principais casos foi um programa de loyalty para o setor agrícola, desenvolvido em parceria com a Bayer. O programa de pontos entre a fornecedora e seus compradores tornou-se uma joint venture da gigante da indústria química alemã com a Bravium, chamada Orbia. Em 2022, o Itaú BBA se tornou investidor da nova empresa, com participação de 12,82%.

Enquanto trabalha para crescer organicamente até sua meta bilionária, a companhia tem conversado com o mercado e não descarta uma rodada de investimentos para eventuais aquisições. “Estamos olhando para um processo de M&A, buscar empresas que façam sentido para essa estratégia e que possam acelerar esse crescimento”, diz Inamura. 

Até hoje a companhia recebeu apenas uma rodada de investimentos de R$ 100 milhões liderada pela Bridge One.

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Sobre um eventual IPO (oferta pública inicial de ações), o executivo diz que ao fim do projeto de cinco anos, espera ter uma empresa “preparada” para o processo. “Temos investidores, e o IPO é uma forma natural de dar saída a eles.”

Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.