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As perspectivas de crescimento para a economia brasileira criaram um cenário positivo para a indústria de lácteos. Com a demanda diretamente atrelada ao poder de compra dos consumidores, as indústrias têm apostado na conjuntura favorável para ampliar as vendas.
Além disso, o aumento da oferta de leite no Brasil tem levado os produtores a receber menos pelo produto – em 12 meses, a queda acumulada chega a 18%. Para as indústrias que atuam no segmento de valor agregado, como queijos, o cenário atual representa margens mais generosas, especialmente porque o país ainda está atrás de seus vizinhos no que diz respeito ao consumo.
“O consumo per capita no Brasil é inferior a 6 quilos por habitante ao ano. Não vou comparar com a França, mas entre nossos vizinhos latinos o consumo já supera os 10 kg/hab/ano”, disse o recém-empossado CEO da Tirolez, Marcel Barros, ao IM Business.
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A empresa iniciou em março as operações de sua maior unidade fabril, em Caxambu do Sul (SC). Com aporte de R$ 150 milhões, a nova planta vai processar até 1 milhão de litros de leite por dia e produzir 5 mil toneladas de mussarela por mês.
“Estamos investindo à frente da demanda. Acreditamos que há muito espaço para crescer nesse segmento”, diz Barros. O executivo chegou há três meses, como parte do processo de estruturação da governança da Tirolez. Até então, a empresa fundada pelos irmãos Cícero e Carlos Hegg tinha uma gestão 100% familiar.
A Tirolez não abre seus números. Contudo, após registrar um crescimento de vendas importante em 2023, segundo Barros, a empresa se prepara para ter uma expansão de dois dígitos em 2024, tanto em vendas quanto em lucro.
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Na mesma linha, a UltraCheese, dona de marcas como a Cruzília, projeta um crescimento de 15% no faturamento de 2024. No ano passado, a companhia controlada pela AquaCapital faturou pouco mais de R$ 1 bilhão, o que representou uma expansão de quase 11% sobre o número de 2022.
