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Computação quântica vive ponto de inflexão, diz CEO da Nvidia; entenda novidade

Durante evento em Paris, Jensen Huang destacou potencial da tecnologia e envolvimento crescente de startups europeias no setor

Paulo Barros

Jensen Huang, CEO da Nvidia, segura uma NVIDIA DGX Cloud Lepton enquanto fala durante a conferência Viva Technology dedicada à inovação e startups no centro de exposições Porte de Versailles, em Paris, França, em 11 de junho de 2025. REUTERS/Gonzalo Fuentes
Jensen Huang, CEO da Nvidia, segura uma NVIDIA DGX Cloud Lepton enquanto fala durante a conferência Viva Technology dedicada à inovação e startups no centro de exposições Porte de Versailles, em Paris, França, em 11 de junho de 2025. REUTERS/Gonzalo Fuentes

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O CEO da Nvidia, Jensen Huang, afirmou nesta quarta-feira (11) que a computação quântica está chegando a um ponto de inflexão e deve começar a resolver problemas do mundo real nos próximos anos. A declaração foi feita durante o GTC Paris, evento para desenvolvedores promovido pela empresa como parte da feira VivaTech, na capital francesa.

“Estamos ao alcance de aplicar computadores quânticos em áreas que podem resolver problemas interessantes nos próximos anos”, disse Huang ao apresentar a solução híbrida da Nvidia, o Cuda Q, que combina elementos da computação clássica e quântica.

A computação quântica usa os princípios da mecânica quântica para processar informações com os chamados “qubits” — que, diferentemente dos bits tradicionais, podem representar zero, um ou estados intermediários. Isso permite o tratamento de grandes volumes de dados, com potencial para impactar setores como medicina, ciência e finanças.

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Huang elogiou o “grande ecossistema” de empresas quânticas na Europa e relatou ter se reunido com representantes da startup francesa Pasqal na véspera do evento.

O executivo já havia feito declarações mais céticas sobre o ritmo de avanço da tecnologia, sugerindo anteriormente um prazo de 20 anos para a aplicação prática de computadores quânticos. Depois, reconheceu que seus comentários impactaram negativamente o mercado e afirmou que foram mal interpretados.

Além da Nvidia, outras gigantes do setor seguem investindo na área. No fim de 2024, o Google anunciou o chip quântico Willow, destacando avanços em técnicas de correção de erros — um dos principais desafios da tecnologia.

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Na terça-feira (10), a IBM anunciou que planeja ter um computador quântico prático até 2029, e um sistema muito maior até 2033, incluindo o computador quântico “Starling”, com cerca de 200 qubits lógicos.

O tema também vem atraindo capitla para a bolsa. Na segunda, a IonQ anunciou a aquisição da britânica Oxford Ionics por US$ 1,1 bilhão,e suas ações subiram 3,7% – mas já recuam 0,80% nesta quarta.

(com CNBC)

Paulo Barros

Jornalista, editor de Hard News no InfoMoney. Escreve principalmente sobre economia e investimentos, além de internacional (correspondente baseado em Lisboa)