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Com VGV bilionário, Rôgga se aproxima da Faria Lima

Empresa de Santa Catarina é uma das pioneiras no litoral norte do estado e tem terrenos para cinco anos de lançamentos

Rikardy Tooge

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Operando fora do eixo Rio-São Paulo, a catarinense Rôgga quer aprofundar seu relacionamento com o mercado de capitais. Empresa pioneira na construção de imóveis de alta renda no litoral norte de Santa Catarina, a companhia já registra um valor geral de vendas (VGV), o equivalente à receita das construtoras, bilionário e possui um banco de terras no estado que daria conta para, pelo menos, cinco anos de novos lançamentos.

“A Faria Lima ainda pode não nos conhecer, mas temos uma estratégia muito clara de expansão”, diz Vilson Buss, fundador e presidente da Rôgga, ao IM Business. A empresa, cujo seu nome tem origem na língua Guarani e significa “lar”, iniciou sua trajetória em Joinville, em 2006, e hoje atua em outros cinco municípios: Jaraguá do Sul, Balneário Piçarras, Barra Velha, Penha e Itapoá.

Buss, administrador de empresas que há 20 anos viu o potencial imobiliário do estado, lembra que a Rôgga foi uma das pioneiras na venda de imóveis no litoral catarinense para além de Balneário Camboriú, ainda em 2009. Os primeiros projetos começaram em Penha, devido à proximidade com o parque Beto Carrero World. Ao longo dos anos, a Rôgga avançou para Piçarras, Barra Velha e Itapoá, cidades próximas.

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No segmento urbano, o foco está no público de média renda, em especial aos da Faixa 3 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), com casas em Joinville e Jaraguá do Sul entre R$ 250 mil a R$ 600 mil. Já no litoral existe uma procura crescente por parte de moradores de áreas ligadas ao agronegócio e, até mesmo, de americanos e canadenses – públicos dispostos a pagar algo entre R$ 800 mil e R$ 9 milhões nas casas de praia.

Vilson Buss, fundador e presidente da Rôgga (Divulgação)

Se nos imóveis urbanos o público de Santa Catarina, estado que vive o pleno emprego há alguns anos, ajudou a garantir parte do VGV de R$ 1,03 bilhão registrado no ano passado – a título de comparação, empresas listadas como Direcional e Cyrela possuem VGV anual acima dos R$ 3 bilhões.

Atualmente operando a um raio de 70 km de Joinville, a empresa tem como estratégia expandir essa área para até 200 km, o que levaria a construtora para a região metropolitana de Curitiba. No entanto, o presidente da Rôgga diz que a companhia não tem pressa para avançar e que ainda possui um banco de terrenos de R$ 7,5 bilhões, sendo 65% na área litorânea. “Temos pelo menos cinco anos de lançamentos garantidos”, reforça o executivo.

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E, justamente, pela diversidade de região e pelas perspectivas de crescimento que a Rôgga acredita ter credenciais suficientes para estreitar suas relações com a Faria Lima. No ano passado, emitiu um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) de R$ 100 milhões, operação que foi considerada um sucesso. A empresa já tem estruturado um conselho de administração para sinalizar boas práticas de governança.

Para este ano, a expectativa da construtora é manter o patamar de dois dígitos de crescimento, alcançando R$ 1,2 bilhão em VGV e 14 lançamentos.

Rikardy Tooge

Repórter de Negócios do InfoMoney, já passou por g1, Valor Econômico e Exame. Jornalista com pós-graduação em Ciência Política (FESPSP) e extensão em Economia (FAAP). Para sugestões e dicas: rikardy.tooge@infomoney.com.br