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Com pista nível Interlagos, Velocitta reúne empresários e projeta crescer 10% em 2024

Local recebe provas de Stock Car, Porsche Cup e eventos em que executivos podem levar suas máquinas para o autódromo

Rikardy Tooge

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Nem sempre os grandes negócios surgem nas luxuosas salas de reuniões na Faria Lima ou no Leblon. Muito relacionamento que se transforma em uma grande transação pode começar com um hobby. Não é incomum ver grandes nomes do PIB jogando partidas de golfe, tênis – ou correndo a mais de 200 quilômetros por hora em uma pista profissional de automobilismo.

“O esporte a motor é um ambiente que reúne grandes empresários nas pistas e nos camarotes”, reforça ao IM Business Guilherme Spinelli, o Guiga, CEO do Autódromo Velocitta, criado em 2012 e localizado em Mogi Guaçu, interior de São Paulo.

A empresa, que possui mais de 40 clientes corporativos, recebe em sua pista de 3.493 metros algumas das principais categorias do automobilismo brasileiro, como Stock Car, Porsche Cup e Mercedes-Benz Challenge. Tem também a homologação da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) nível três, a mesma de Interlagos, sendo os dois únicos autódromos do país a obter essa certificação. Para quem gosta de off-road, há um circuito de 2.500 metros.

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Circuito de mais de 3 mil metros do Autódromo Velocitta (Divulgação)

Além das competições profissionais, o local abriga eventos em que os executivos possam pilotar suas próprias máquinas na pista. Um dos exemplos, lembra Guiga, é a 2Drive, uma empresa que promove corridas no local com, no máximo, uma dúzia de empresários. “Há uma preocupação em juntar nessas corridas executivos que tenham alguma sinergia, justamente para promover networking entre eles. São encontros que geram negócios”, prossegue Spinelli, que, antes de comandar o Velocitta, foi diretor da Mitsubishi e atualmente é piloto da marca japonesa no Rally dos Sertões.

Em uma geração de executivos que cresceu vendo Nelson Piquet e Ayrton Senna conquistarem seis edições do campeonato mundial de Fórmula 1, a paixão do empresariado pelo automobilismo pode ser observada em alguns gestos, como o patrocínio de grandes companhias nacionais à equipes de F1, como já foi o caso de Petrobras, Banco Nacional, Arisco, Copersucar e, atualmente, a XP Inc. Um nome que acelerou bem nos escritórios e nas pistas foi o do empresário Xandy Negrão, fundador da Medley e da Aeris, que também foi quatro vezes vice-campeão da Stock Car – Negrão faleceu aos 70 anos em maio do ano passado.

Na esteira do interesse dos executivos pelo esporte à motor, o Velocitta registrou em 2023 seu melhor ano em número de eventos, perdendo apenas para 2022, ano do retorno das atividades no pós-pandemia. Foram realizados ao todo 88 eventos no local, com um público estimado em 70 mil pessoas e 3 mil carros e motos que utilizaram a pista no último ano.

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Guilherme Spinelli, CEO do Autódromo Velocitta: perspectiva é crescer 10% em 2024 (Divulgação)

Guiga explica que o Velocitta intensificou sua prospecção de eventos corporativos. Se antes as locações mais comuns eram de montadoras para apresentarem seus lançamentos, agora empresas dos mais diversos segmentos buscam o local para promover a integração de seus funcionários. O local possui frota própria, o que permite que as pessoas possam desfrutar da experiência em alta velocidade com pilotos profissionais.

Outra frente é utilizar a infraestrutura da fazenda que abriga a pista, uma iniciativa que começou em 2019, mas foi paralisada por conta da pandemia. No local, é possível praticar rapel, trilhas e remo, por exemplo. Com isso, a expectativa do grupo é de ampliar em 10% seu número de eventos e de público em 2024.

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Rikardy Tooge

Repórter de Negócios do InfoMoney, já passou por g1, Valor Econômico e Exame. Jornalista com pós-graduação em Ciência Política (FESPSP) e extensão em Economia (FAAP). Para sugestões e dicas: rikardy.tooge@infomoney.com.br