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Mais de 2,2 milhões de veículos foram produzidos no Brasil em 2023 e 60% deles saíram das fábrica com uma coisa em comum: a bateria Moura. Seis em cada dez carros fabricados por aqui e na Argentina vão para as concessionárias com a bateria da empresa.
Com faturamento que supera a casa dos bilhões, a Moura investiu quase R$ 600 milhões em 2023 para ampliar o processo de reciclagem dos seus produtos na sua unidade de Belo Jardim, a 185 quilômetros de Recife, em Pernambuco.
Foi nesta mesma cidade que, há quase 70 anos, o casal de engenheiros químicos Maria da Conceição Viana Moura e Edson Mororó Moura deu o primeiro passo na construção de uma das maiores fabricantes de baterias do mundo. O ano era 1957 e havia apenas um carro na região. “Quando o doutor Edson começou a empresa, ele saia com 200 dispositivos para vender e voltava com 400 para arrumar”, diz Antonio Junior, diretor geral de Baterias, que está na companhia há 21 anos.
O executivo divide com Elisa Correia, diretora geral da Rede Moura Brasil e Cone Sul, a direção da empresa. A dupla contou a história da companhia e seus planos para o futuro em entrevista ao podcast Do Zero ao Topo.
Quando começaram a desenvolver os primeiros protótipos de bateria no quintal, o casal vivia sem água encanada e luz elétrica e mantinha outros trabalhos: ela, como professora de matemática, e ele como funcionário de uma fábrica de doces da família.
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Leia também: Brisanet (BRIT3): a história do homem que conectou o sertão
A poucos metros da residência do casal, foi construída a primeira unidade fabril da Baterias Moura em Belo Jardim – outras três seriam erguidas, anos depois, na mesma cidade. “Toda a região do agreste pernambucano, hoje, depende muito do crescimento da nossa empresa. Então sempre investimos muito na formação de pessoas. É uma cidade de mais de 60 mil habitantes que efetivamente gira em torno da Moura”, diz Antonio.
60 anos de história e energia para o futuro
Empresa familiar e de capital fechado, o Grupo Moura passou por mudanças de governança. “A família está na quarta geração, mas lá atrás tomou-se a decisão que a terceira geração seria preparada para ser acionista e o corpo executivo seria formado por não familiares. Hoje, esses acionistas fazem parte dos conselhos”, diz Elisa.
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A decisão partiu dos filhos e o genro de Edson e Conceição, que participaram ativamente da gestão da empresa e tiveram um papel vital no crescimento e organização da empresa, separando, por exemplo a unidade de distribuição e a transformando em uma unidade de negócios à parte. Agora, a companhia está dividida em dois conselhos de administração: de distribuição e manufatura.
Com mais de 55 mil pontos de vendas no Brasil, Chile e Argentina, e mais de 6.500 funcionários espalhados por seis plantas industriais – uma na Argentina e outra em São Paulo, além daquelas em Pernambuco – a Baterias Moura vai inaugurar uma nova unidade de metalurgia e reciclagem de metais no segundo semestre. E aposta em aumentar sua parceria com montadoras e na relação com o cliente final. “Quem precisa de uma bateria não é um carro, é uma pessoa. É o problema de uma pessoa. E pensar assim faz toda a diferença na forma de pensar no nosso negócio”, diz Elisa.
A empresa também trabalha fortemente no desenvolvimento de sistemas de armazenamento de baterias e no desenvolvimento de dispositivos para eletrificação veicular. “Somos uma empresa de energia e queremos entregar isso independente da tecnologia que vai ser usada: se chumbo, lítio ou qualquer outra coisa”, diz Antonio.
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A história completa da empresa que está entre as maiores produtoras de baterias do mundo é o tema do episódio da última sexta-feira (07) do Do Zero ao Topo. O programa está disponível em vídeo no YouTube e em sua versão de podcast nas principais plataformas de streaming como ApplePodcasts, Spotify, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox e Amazon Music.
Do Zero ao Topo – Na Estrada
O Brasil é um país de empreendedores: todos os anos mais de 4 milhões de empresas são criadas por aqui. E aqui, no Do Zero ao Topo, já contamos a história de mais de 180 delas.
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Nossas gravações, normalmente, acontecem em São Paulo, mas como há histórias de sucesso em todos os cantos, o Do Zero ao Topo caiu na estrada para visitar algumas cidades brasileiras e contar as histórias dessas companhias.
Esta é a segunda edição do Do Zero ao Topo – Na Estrada, que vai contar a história de grandes empresas pelo Brasil. O primeiro episódio foi Brisanet: a história do homem que conectou o sertão.
Confira a lista completa de episódios do Do Zero ao Topo
