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Com franquias e melhorias em plano de assinatura, Petlove prevê crescer 30% em 2024

Empresa prevê faturar R$ 1,8 bilhão, ante R$ 1,3 bilhão em 2023

Felipe Mendes

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Com raízes no ambiente digital, a Petlove tem dado vazão ao seu plano de expansão com lojas físicas. Hoje, a empresa conta com nove unidades com área de varejo, espaço clínico e para banho e tosa de animais de companhia, além de um quiosque. Depois de um tempo de aprendizado sobre como operar no ambiente off-line, a Petlove está partindo para uma expansão por meio de franquias. Serão de dez a 20 aberturas este ano, todas no Estado de São Paulo, e a primeira unidade será inaugurada em abril, no bairro de Perdizes, na capital paulista. “Era um projeto que estáva incubando há algum tempo e agora resolvemos partir para a execução”, diz Talita Lacerda, CEO da Petlove, ao IM Business.

Talita Lacerda, CEO da Petlove (foto: Divulgação)

A depender do modelo, cada loja terá um investimento total, incluindo capital de giro, de até R$ 800 mil – a executiva projeta que o capex médio vai girar em torno de R$ 600 mil para uma unidade de 200 metros quadrados. O ponto de equilíbrio, segundo a empresa, pode ser alcançado em seis meses, com retorno total do investimento em até três anos. O objetivo é ter até 100 projetos por esse modelo até o fim de 2025. “Estamos começando por São Paulo, mas entendemos que é um projeto com escala nacional. Estamos olhando para uma série de cidades”, afirma a executiva.

Essa virada de chave, no entanto, não exclui a abertura de lojas com capital próprio. A Petlove deve inaugurar, em breve, sua décima unidade, na cidade de São Paulo. Em meados de 2024, a empresa se reunirá para definir o orçamento para sua segunda fase de aberturas próprias. “Ao longo dos próximos anos, teremos um aumento da nossa fatia nas vendas off-line, mas gradual. Não vamos fazer uma expansão maluca, sem fazer conta ou testar a praça onde vamos entrar”, diz Talita. “Temos apenas nove lojas em São Paulo, e o Estado tem potencial para muito mais. Elas ainda estão distantes da maturação, mas com certeza queremos ter um modelo com muitos canais.”

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A Petlove faturou R$ 1,3 bilhão em 2023. Para este ano, o objetivo é crescer mais de 30%, para R$ 1,8 bilhão. Além das novas unidades, a projeção passa pela ampliação do canal de assinaturas e também dos serviços de plano de saúde para os animais de estimação. Com o mercado em franca ascensão, o Instituto Pet Brasil projeta que o segmento já movimenta algo próximo a R$ 70 bilhões por ano.

Como cães e gatos passaram, nos últimos anos, a ocupar mais espaço nos lares das famílias, muitas vezes em cima das camas de seus tutores, tornou-se comum ver mais empresas apostando em modelos diferentes de planos de saúde. A Petlove ampliou seu número de vidas asseguradas em 190% em janeiro ante o mesmo período de 2023. Atualmente, 338 mil pets são protegidos pela companhia. Com quase 5 mil parceiros credenciados, há pelo menos um ponto de atendimento em 241 cidades no país. A Petlove também oferece a possibilidade de contratação do plano de saúde corporativo, que conta com mais de 150 empresas parceiras.

A empresa também lançou uma nova vertente de seu programa de assinaturas. Além do tradicional “Repet”, que dá descontos para compras recorrentes de rações, petiscos, antipulgas e vermífugos, a Petlove passou a disponibilizar um “clube de descontos”. “Com ele, o tutor, além de ter frete grátis, tem 15% de desconto em itens como ração, tapete e areia, e 25% de desconto nas categorias restantes”, diz Talita. Lançada em dezembro, essa nova vertente conta com 15 mil assinantes, enquanto o Repet, tem mais de 450 mil pessoas inscritas.

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Nos últimos anos, a Petlove atraiu aportes de fundos como SoftBank, Riverwood, Globo Ventures, Kaszek e Monashees, e a executiva não vê necessidade de novas captações. A empresa estuda a possibilidade de fazer sua abertura de capital no futuro, mas não há movimentos para isso no momento. “Começamos a fazer um trabalho para melhorar a governança desde a entrada dos primeiros fundos. Esse processo de melhoria é constante. Temos uma governança sólida, com conselho, comitê de compliance, financeiro, de pessoas e de ações ligadas ao ESG”, diz Talita.

Sobre as tentativas de fusões entre suas duas principais concorrentes no mercado voltado aos pets, a Cobasi e a Petz, Talita diz ver com bons olhos. “O mercado é grande e muito fragmentado. Metade dele está com players independentes, então eu acho que se vier um movimento do tipo será positivo”, afirma ela. “Não tem nenhum aspecto particular em relação a esse movimento competitivo que nos preocupe.”

IM Business

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