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Com compra do Playcenter, Cacau Show renova sonho de construir grande parque temático em SP

Alê Costa, CEO da rede de chocolates, diz que há uma grande oportunidade no segmento de parques de diversões no Brasil

Lucinda Pinto

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Foi com um sorriso de orelha a orelha que o CEO da Cacau Show, Alê Costa, falou sobre a compra do Grupo Playcenter ao IM Business. Não é para menos: o empresário, hoje com 53 anos, foi um assíduo frequentador na infância e na adolescência do mais icônico parque de diversões que dá nome à empresa. E que, provavelmente, é uma das marcas que ajudam a alimentar seu sonho atual de ter um grande parque temático no estado de São Paulo.

“Passava dias com aqueles carimbinhos no braço”, brinca, referindo-se ao sinal que era estampado no braço dos que adquiriam o chamado “passaporte da alegria” para ter acesso ao parque localizado no bairro da Barra Funda, na capital paulista.

O clássico Playcenter – o primeiro parque de grande porte no Brasil – fechou as portas em 2012, em decorrência de uma crise que teve início em 1999, com a desvalorização cambial. Hoje, o grupo mantém duas linhas de parques indoor, todos em shopping center: os Playlands e o Playcenter Family.

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O valor da transação não pode ser revelado por questões contratuais. Mas Costa diz que foi um “preço justo”, pago com o capital próprio. Sem abrir números, o empresário afirma que o Playcenter tem hoje uma condição financeira saudável, sem dívidas. O grupo fatura R$ 100 milhões por ano, valor que, segundo ele, tem potencial de ser muito maior. “Há uma enorme oportunidade nesse mercado, há poucos parques temáticos, e nenhum é sobre chocolate”, diz. Ele se refere ao Hopi Hari, no interior de São Paulo, que está e Recuperação Judicial, e ao Beto Carreiro, em Santa Catarina.

O negócio, segundo Costa, foi fechado diretamente entre ele e Marcelo Gutglas, fundador do grupo Playcenter, sem a intermediação de um banco. A ideia é que, assim que a aprovação pelo Cade sair, a Cacau Show assuma a parte de alimentos e bebidas das unidades já existentes, ampliando a presença do chocolate. E também que os personagens da marca envelopem as atrações.

Costa diz que fazer o movimento de lojas de chocolate para o mundo do entretenimento não só faz sentido como “é quase óbvio”. “Começamos com nossos produtos sendo vendidos em supermercados e migrar para a loja própria faz parte do entendimento de que a experiência é muito importante”, diz. Antes dessa etapa, a Cacau Show já havia avançado para o mundo da hotelaria: hoje, a empresa tem um hotel em Campos do Jordão e prepara a inauguração de uma nova unidade em Águas de Lindoia, ambas construídas em torno do tema chocolate.

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A compra do Playcenter dá também um pouco mais de concretude ao que é um grande sonho do empresário: construir um grande parque de diversões sob o tema chocolate. A ideia é que esse empreendimento fique em São Paulo, a uma distância de até uma hora e meia da capital. “Se não for eu a abrir um parque de chocolate, quem é que vai fazer isso?”, diz Alê Costa.

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Lucinda Pinto

Editora-assistente do Broadcast, da Agência Estado por 11 anos. Em 2010, foi para o Valor Econômico, onde ocupou as funções de editora assistente de Finanças, editora do Valor PRO e repórter especial.