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Independentemente dos problemas climáticos que prejudicaram o plantio e o desenvolvimento de lavouras de soja em diversos polos de Mato Grosso, a colheita desta safra 2023/24 teve início na semana passada, sobretudo em áreas poupadas das intempéries. Liderada pelo Estado, por Rondônia e pelo Paraná, a colheita foi concluída em 0,6% da área plantada no país até quinta-feira, segundo cálculos da consultoria AgRural.
Se na fase de semeadura os produtores mato-grossenses sofreram com o calor e a irregularidade pluviométrica, provocados pela combinação entre El Niño e aquecimento das águas do Atlântico Tropical, agora são as chuvas que atrapalham os trabalhos das colheitadeiras em algumas áreas, mas esse é um obstáculo comum nesta época do ano. De acordo com a AgRural, a produtividade média em Mato Grosso está menor que a esperada, como já estava nos radares.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a área plantada de soja no Brasil em 2023/24 em 44,1 milhões de hectares, 2,8% mais que no ciclo anterior. Em seu último relatório sobre a safra, divulgado no início de dezembro, a estatal projetou a produção em 160,2 milhões de toneladas, 3,6% acima do volume de 2022/23 e um novo recorde histórico.
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Porém, a expectativa no mercado é que a Conab revise para baixo esse número no relatório que publicará amanhã, tendo em vista os relatos de campo e os cortes generalizados promovidos por consultorias privadas nas últimas semanas. Conforme algumas previsões, a colheita da oleaginosa não deverá superar 155 milhões de toneladas.
Na medida em que a colheita de soja evolui, avança também o plantio da safrinha de milho. Em Mato Grosso, onde a colheita deverá ser mais lenta que nos últimos anos, por causa do atraso do plantio em diversas áreas, as perspectivas indicam que a safrinha será afetada pela perda da janela climática ideal.
