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CEO da Arezzo sobre planos nos EUA: ‘Precisamos voltar a ter receita para investir’

Grupo que passa por M&A com Soma fechou duas lojas no exterior em 2023; para Birman, despesas internacionais devem retornar em 2025

Taís Laporta

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O CEO e CCO do grupo Arezzo (ARZZ3), Alexandre Birman, afirmou nesta quinta-feira (9) que a empresa fez uma redução “drástica, mas momentânea” dos investimentos em marketing nos Estados Unidos. “Precisamos voltar a ter receita para depois voltar a investir”, comentou durante teleconferência de resultados referentes ao 1º trimestre.

A companhia, que passa por um processo de M&A com o grupo Soma, experimentou um cenário desafiador no mercado internacional em 2023. O grupo fechou duas lojas da Schulz em dezembro do ano passado – uma em Nova York e outra em Los Angeles. 

“A premissa inicial foi foco em rentabilidade. Como a receita não está vindo [do exterior], primeiro tínhamos que diminuir a despesa”, explicou, sobre os cortes nas despesas com marketing. Segundo a XP, em 2022 a empresa tinha exposição de 10% das vendas no mercado americano.

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A marca Alexandre Birman, que leva o nome do fundador do grupo e também opera no exterior, deixou de receber investimentos de forma deliberada, explicou o CEO. “São movimentos necessários para a continuidade do crescimento da marca”, afirmou. Ele calcula que os investimentos devem retornar a partir de 2025.

Na Europa, a empresa de Birman fez seu primeiro M&A internacional em 2023. A companhia concordou em pagar 25 milhões de euros – cerca de R$ 135 milhões, na época – pelo controle da italiana Paris Texas, uma marca de sapatos femininos fundada em 2015 em Milão.

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Resultado do 1º trimestre

Birman classificou o resultado do primeiro trimestre como “satisfatório” e “razoável”. O grupo de moda, que abarca cerca de 20 marcas, registrou baixa de 7,7% no lucro líquido recorrente no segundo trimestre de 2023 em relação a igual período do ano passado, saindo de R$ 123,4 milhões para R$ 113,9 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 198,2 milhões, alta anual de 22,1%. Isso levou a uma elevação da margem Ebitda de 0,3 p.p. (pontos percentuais), para 17,5%.

A empresa explica que o resultado foi impulsionado pelo crescimento consistente de todas as marcas e canais do grupo e diluição das despesas gerais e administrativas.

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