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BrasilAgro vê liquidez corrente “importante” no mercado de terras

Segundo o CEO André Guillaumon, se houve oportunidades a empresa vai “reoxigenar” o portfólio  

Fernando Lopes

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Ainda é positivo o cenário para os negócios de compra e venda de propriedades agrícolas no país, e o segmento mais uma vez poderá gerar resultados positivos para a BrasilAgro nesta safra 2023/24, como aconteceu no ciclo 2022/23, encerrado em junho. “Temos uma liquidez corrente importante no mercado imobiliário”, afirmou André Guillaumon, CEO da companhia, em evento para analistas nesta sexta-feira em São Paulo.

André Guillaumon, presidente da BrasilAgro (Divulgação)
André Guillaumon, CEO da BrasilAgro (foto: Divulgação)

A empresa fechou o quarto trimestre da temporada passada, em junho, com lucro líquido de R$ 242,7 milhões, quase oito vezes mais que no mesmo período do exercício anterior, e o resultado foi garantido pela venda de duas fazendas, por R$ 415 milhões. Com isso, em todo o exercício, em que a receita líquida alcançou R$ 1,3 bilhão, houve lucro líquido de R$ 286,5 milhões. “Não faz sentido segurar um ativo maduro. No cenário atual, vamos tentar ‘reoxigenar’ nosso portfólio de terras”, disse o executivo, reforçando que a empresa está atenta à oportunidades de aquisição.

Atualmente, o portfólio da BrasilAgro abrange 275,3 mil hectares, espalhados por cinco Estados brasileiros, Paraguai e Bolívia. As áreas próprias somam 213,3 mil hectares, e as arrendadas alcançam 60,2 mil hectares. Conforme Guillaumon, para arrendamentos a liquidez está baixa, o que sugere cautela em investimentos nessa frente para ampliar a produção de grãos, fibras e cana, outro foco da companhia.

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Nesse segmento operacional, no qual as margens na produção de grãos continuam apertadas, até agora os problemas climáticos causados pelo El Niño até agora pouparam as operações da BrasilAgro. Na maior fazenda produtora de soja da empresa – a Jataí, no Vale do Araguaia, em Mato Grosso -, as chuvas não decepcionaram, como aconteceu em outros polos do Estado, e o plantio foi concluído na “janela” ideal.

Com isso, a colheita da oleaginosa será mesmo no início de janeiro e o plantio da segunda safra, dividida entre milho e algodão, poderá acontecer no período propício. Ainda há riscos em outras propriedades, sobretudo na Bahia, mas a companhia trabalha com a expectativa de que o El Niño passará a incomodar cada vez menos nas próximas semanas e meses. Para a produção de cana, outro ponto forte da BrasilAgro, o El Niño até agora tem sido benéfico.

Para a safra 2023/24, a empresa prevê ocupar uma área de produção total de cerca de 180 mil hectares, divididos, entre soja, milho, cana, algodão, feijão e pasto. Dessas culturas, o milho é a que está gerando maior preocupação, por causa dos preços baixos. Nesse contexto, a BrasilAgro reduziu a área plantada com o cereal. “Não vamos plantar para perder dinheiro”, afirmou Guillaumon.

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Fernando Lopes

Cobriu o setor de energia e foi editor do semanário Gazeta Mercantil Latino-Americana até 2000. Foi editor de Agro no Valor Econômico até fevereiro de 2023.