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Brasil terá maior safra de café desde 2020

Recuperação dos níveis de produtividade após crise climática de 2021 e 2022 permitirá incremento de 5,5% na produção

Alexandre Inacio

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A produção de café voltará a crescer em 2024. Será o terceiro ano consecutivo de evolução, depois da crise climática vivenciada pelo setor em  2021 e 2022, que reduziu significativamente a produtividade dos cafezais do Brasil.

Em 2023, as condições climáticas se mostraram mais favoráveis e permitiram a normalização dos rendimentos. Assim, o primeiro levantamento da Conab de 2024 aponta para uma colheita de 58,1 milhões de sacas. Se confirmada, representará um incremento de 5,5% sobre o ano passado.

O início da colheita é esperado para março. As primeiras análises mostram que a expectativa de uma produção maior reflete os efeitos da bienalidade positiva do parque cafeeiro.

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2024 será o terceiro ano consecutivo de aumento da produção de café

O ciclo bienal é uma característica do café. Ele consiste na alternância de um ano com grande florada, seguido por outro com florada menos intensa. Essa característica natural permite que a planta se recupere para produzir melhor na safra subsequente.

Contudo, o clima pode interferir diretamente nesse ciclo. Foi exatamente o que aconteceu nos anos de 2021 e 2022.

Das pouco mais de 58 milhões de sacas esperadas para este ano, 70% serão da variedade arábica – 40,7 milhões – e os 30% restantes de conilon – 17,3 milhões. Confirmadas as expectativas, a oferta de arábica representará um 4,7% em comparação a 2023, enquanto a de conilon terá um incremento de 7,2%.

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Minas Gerais e São Paulo, os dois maiores estados produtores de café arábica, terão um crescimento de 0,6% e 7,4%, respectivamente. No caso mineiro, o ciclo de alta do cafezal é o principal motivo para o modesto crescimento.

Para os paulistas, as chuvas têm sido bem distribuídas até o momento, garantindo uma boa umidade do solo. Em certo momento, o clima em São Paulo chegou a preocupar, já que a onda de calor ocorrida em novembro elevou as temperaturas aos 40 graus em algumas regiões.

No Espírito Santo, maior produtor de conilon do Brasil, a produção terá um incremento de 15,4%, para 15,1 milhões de sacas. O investimento em adubação e a boa floração, induzida pelas chuvas acima da média em julho e agosto de 2023 são os principais fatores de aumento da oferta do Estado.

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