Conteúdo editorial apoiado por

Bradesco Asset lista seu primeiro Fiagro, com captação abaixo do esperado

Gestora espera levantar R$ 320 milhões, mas apresentou ao mercado um fundo de R$ 193 milhões

Alexandre Inacio

Publicidade

A Bradesco Asset iniciou nesta quarta-feira a negociação de seu primeiro Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro). A expectativa da gestora era captar R$ 320 milhões, mas foram levantados R$ 193 milhões.

Uma das razões apontadas foi a grande disponibilidade de ofertas realizadas na mesma janela de captação. Além disso, a opção pela modalidade de um Fundo de Investimento de Direitos Creditórios (FDIC) acabou tornando o Fiagro menos óbvio, em comparação aos já disponíveis no mercado – enquadrados, em sua maioria, como FII.

“Para atuar no agronegócio, buscamos diversificação e um duration [prazo de liquidação das operações] mais curto. Em operações mais longas, você acaba ficando mais exposto aos riscos da safra”, disse Eduardo Junqueira, gerente da área de crédito estruturado da Bradesco Asset.

Continua depois da publicidade

Outra característica do Fiagro é o início do pagamento dos dividendos. Os investidores receberão os primeiros retornos após sete meses, prazo médio de uma safra agrícola. Após esse tempo, os pagamentos passam a ser mensais, comuns à indústria.

Para lançar seu Fiagro a Bradesco Asset se uniu à Farmtech, uma fintech que atua na gestão de crédito para o agronegócio, viabilizando operações para os produtores. Basicamente, a startup vai analisar a qualidade dos títulos que farão parte do portfólio do fundo.

“Vamos atuar financiando a cadeia do agro, adquirindo recebíveis de revendas e empresas de insumos para compor o fundo. Isso nos dá mais liberdade para atuar melhor dentro da indústria do agro”, disse Junqueira.

Publicidade

Segundo o executivo, o Fiagro terá como foco principal as lavouras de soja e milho. Pelo perfil do fundo, o ticket médio das operações deve girar entre R$ 200 mil e R$ 500 mil, o que permite acessar não apenas os grandes produtores, mas também os de médio porte, garantindo diversidade e reduzindo riscos.

“Dessa forma, conseguimos reduzir o risco de perdas acentuadas no portfólio”, afirmou o gestor.