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A Apple está se preparando para entrar no mercado de laptops de baixo custo pela primeira vez, desenvolvendo um Mac econômico com o objetivo de atrair clientes que atualmente usam Chromebooks e PCs básicos com Windows.
O novo dispositivo — voltado para estudantes, empresas e usuários casuais — será direcionado a pessoas que principalmente navegam na internet, trabalham com documentos ou fazem edições leves de mídia, segundo fontes próximas ao assunto. A Apple também mira potenciais compradores de iPad que possam preferir a experiência tradicional de um laptop.
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Com o codinome J700, a máquina está em testes ativos na Apple e em produção inicial com fornecedores no exterior. A empresa de Cupertino, Califórnia, planeja lançá-la no primeiro semestre do próximo ano, disseram as fontes, que pediram anonimato porque o produto ainda não foi anunciado.
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Um porta-voz da Apple preferiu não comentar.
Essa iniciativa representa uma mudança estratégica para a Apple, que historicamente foca em dispositivos premium com margens de lucro elevadas. A empresa também havia prometido não buscar participação de mercado com produtos de baixo custo.
Mas a Apple enfrenta uma ameaça crescente dos Chromebooks, laptops baratos que rodam o sistema operacional Chrome OS do Google. Há também uma oportunidade potencial para atrair clientes do Windows, já que a transição da Microsoft para o Windows 11 desagradou alguns usuários da versão anterior, que ficaram sem atualizações de segurança.
As ações da fabricante de PCs HP caíram brevemente após a notícia, enquanto as da Dell recuaram cerca de 2% em Nova York. As ações da Apple subiram menos de 1%, para US$ 270,25.
A Apple planeja vender o novo laptop por um preço bem abaixo de US$ 1.000, usando componentes menos avançados. O aparelho terá um processador de iPhone e uma tela LCD de menor qualidade. A tela será a menor entre os Macs atuais, com pouco menos de 13,6 polegadas, tamanho usado no MacBook Air.
Essa será a primeira vez que a Apple usará um processador de iPhone em um Mac, em vez de um chip projetado especificamente para computadores. Mas testes internos mostraram que o chip de smartphone pode ter desempenho superior ao M1 otimizado para Mac, usado em laptops até poucos anos atrás.
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A Apple já usava chips de iPhone para alimentar o iPad, mas migrou esses dispositivos para processadores da série M para modelos mais avançados.
A empresa já experimentou o mercado vendendo um MacBook Air M1 com desconto por menos de US$ 700 em lojas como Walmart. Mas o novo modelo será um design totalmente novo, e não uma versão antiga com desconto.
O Mac mais barato da Apple atualmente é o MacBook Air M4, que custa US$ 999 — podendo cair para US$ 899 com descontos educacionais. Os Chromebooks, por sua vez, custam a partir de algumas centenas de dólares, com versões premium chegando a cerca de US$ 600.
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Nas escolas, o iPad básico da Apple combinado com o Magic Keyboard Folio é uma configuração popular, custando cerca de US$ 600 no total. O novo Mac ficaria em uma faixa de preço semelhante, mas ofereceria melhor duração de bateria, maior flexibilidade do macOS e teclado integrado, o que pode atrair estudantes e consumidores em geral.
No terceiro trimestre, a Apple detinha cerca de 9% do mercado global de PCs, segundo a IDC. A empresa ocupa a quarta posição no setor, atrás da Lenovo, HP e Dell — todas vendendo dispositivos com Windows ou ChromeOS.
Um Mac muito mais barato, que mantenha o design da Apple e funcione bem com seus outros produtos, pode impulsionar uma nova onda de adoção do Mac — especialmente nos EUA, onde o iPhone domina.
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O segmento Mac foi a categoria de hardware que mais cresceu para a Apple no último trimestre, com alta de 13%, alcançando US$ 8,73 bilhões. A expectativa é que o crescimento desacelere neste trimestre, principalmente porque a Apple terá apenas um novo modelo no período: o MacBook Pro básico com chip M5.
A empresa planeja uma série de atualizações para 2026. Além do novo laptop de entrada, a Apple finalizou o MacBook Air M5, previsto para o início do ano, além dos MacBook Pros com chips M5 Pro e M5 Max.
Também estão no roteiro novos modelos Mac mini com M5 e M5 Pro, atualizações do Mac Studio com M5 Max e M5 Ultra, e um MacBook Pro reformulado com chip M6 e tela OLED sensível ao toque no estilo iPhone, previsto para o final de 2026 ou início de 2027. A Apple também lançará dois novos monitores externos para Mac.
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