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A Apple permitirá outras lojas de aplicativos além da sua no sistema operacional iOS no Brasil para resolver um caso de três anos com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), disseram ambas as partes nesta terça-feira.
O Cade formou uma maioria para aceitar a proposta de acordo da Apple, disse a autarquia em comunicado.
Além das lojas de aplicativos, o acordo também determina que a Apple permita métodos de processamento de pagamentos de terceiros para compras dentro de aplicativos, além dos seus próprios, ou links para sites externos para transações.
A Apple disse em comunicado que fará as mudanças para cumprir as exigências do Cade, mas que essas ações abrirão riscos de privacidade e segurança para os usuários.
A investigação começou após uma reclamação apresentada em 2022 pelo Mercado Livre sobre restrições da Apple para distribuição de produtos digitais e compras dentro de aplicativos.
O Cade então emitiu medidas preventivas contra a Apple em 2024 e, no início deste ano, seu órgão técnico recomendou uma decisão contra a empresa norte-americana.
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O Mercado Livre disse reconhecer os esforços do Cade, mas acrescentou que o acordo ‘atende apenas parcialmente às necessidades de regras mais equilibradas’.
O acordo entre o Cade e a Apple terá duração de três anos, a partir do momento em que os novos termos se tornarem obrigatórios para os desenvolvedores de aplicativos, informou o órgão regulador. A Apple tem 105 dias para executar as mudanças com as quais concordou, acrescentou o órgão antitruste.
A Apple está sujeita a um pagamento de até R$150 milhões caso descumpra o acordo, disse o Cade, observando que a Apple também concordou em encerrar uma reclamação judicial que havia apresentado contra as medidas preventivas de 2024.