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Após primeiro lucro depois de sete trimestres, BRF projeta crescimento em 2024

Companhia prevê investimentos de até R$ 3 bilhões em 2024, já considerando despesas financeiras

Alexandre Inacio

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A BRF (BRFS3) voltou a lucrar depois de sete trimestre consecutivos de prejuízos, e os resultados registrados entre outubro e dezembro inclusive superaram as expectativas do mercado. Agora, a empresa se prepara para colocar o pé no acelerador e voltar a crescer.

A companhia liderada pelo CEO Miguel Gularte pretende investir tempo e recursos para ocupar toda a capacidade instalada disponível, principalmente no que se refere aos produtos acabados. A ideia é ampliar a produção, sem abrir mão de preços, para garantir margens mais atraentes.

Ao longo de 2023, a companhia elevou os volumes comercializados. Impulsionada por sua linha de produtos comemorativos, a BRF registrou, no quarto trimestre, seu melhor desempenho no ano. Contudo, o volume de vendas ainda não foi capaz de bater a performance do quarto trimestre de 2022.

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Para Gularte, ter um parque industrial com capacidade ociosa não preocupa no momento. Em teleconferência com analistas, o executivo indicou que a demanda, tanto interna quanto externa, dá sinais de aquecimento. Além disso, a companhia conseguiu reduzir consideravelmente seus estoques.

“Em 2023, tivemos uma tempestade perfeita. Tanto o mercado interno quanto o externo ficaram retraídos durante boa parte do ano, com momentos em que a oferta ficou acima da demanda. Esse cenário começou a ficar para trás apenas no fim do ano passado”, disse Gularte.

Segundo Fabio Mariano, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da BRF, a companhia deverá investir em 2024 entre R$ 2,8 bilhões e R$ 3 bilhões, já incluindo as despesas financeiras. O aporte será nos mesmos patamares dos registrados em 2023.

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O mercado externo terá um peso importante na estratégia da BRF. Do ponto de vista da demanda, os 60 países para os quais a companhia está habilitada a exportar deverão garantir maiores possibilidades de distribuição dos produtos.

Além disso, ainda que o Brasil colha uma menor safra de grãos neste ano, a oferta global será maior. Argentina e Paraguai estão ampliando sua oferta em 2024, enquanto os Estados Unidos não enfrentam problemas no desenvolvimento de suas lavouras.
Esse cenário tende a garantir custos de produção mais confortáveis em 2024.

Ainda que os preços dos insumos se mantenham estáveis ao longo deste primeiro semestre, a BRF acredita que há espaço para custos ainda menores, especialmente na segunda metade do ano.

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