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Puxado por consignado, Agibank tem lucro recorde no 1º trimestre

Banco com foco no público de baixa renda viu crescimento de 268% no resultado do período

Iuri Santos

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Em ritmo de crescimento, o Agibank, banco com foco no público de baixa renda, anotou um lucro líquido de R$ 215,5 milhões no primeiro trimestre de 2024, recorde na história da companhia. O crescimento de 268% contra o mesmo período do ano passado foi puxado principalmente pelo aumento na carteira de clientes, em forte expansão nas linhas de consignado.

Houve um crescimento de R$ 11,3 bilhões para R$ 17,7 bilhões na carteira de crédito na comparação entre o primeiro trimestre de 2023 para igual período deste ano, aponta relatório publicado pela empresa. Hoje, o crédito consignado representa 80% da carteira, contra 20% do crédito pessoal — essa proporção já foi de metade para cada tipo de linha. “O resultado do trimestre mostra que a nossa visão estratégica de ser relevante nesse segmento continua acontecendo, porque crescemos forte na base de cliente e carteira”, diz o CEO da companhia, Glauber Correa.

Banco para baixa renda

O Agibank se vende como uma alternativa de banco para pessoas de baixa renda e pouco habituadas ao uso de aplicativos bancários, em uma proposta de digitalização assistida. Há um equilíbrio entre a oferta de produtos e serviços online e uma rede de quase 920 lojas (estruturas mais simplificadas que agências). 

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“Atuamos em um nicho de cliente muito importante. Há uma prevalência de clientes do INSS, aposentados e pensionistas, porque é uma camada muito grande de clientes de menor renda e menor digitalização”, explica o executivo. “Temos todos os produtos e serviços que normalmente são usados por clientes desse perfil.”

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É difícil encontrar uma linha dos resultados do Agibank que não tenha crescido no último trimestre. As receitas totais, no trimestre, atingiram R$ 1,67 bilhão, crescimento de 12,5% em comparação ao quarto trimestre de 2023 e 54,3% na base anual. 

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O principal desafio para os próximos anos é conseguir evoluir em segmentos de crédito por toda a baixa renda e reproduzir o modelo que vem dando certo com os beneficiários do INSS — ganhar a principalidade para manter a inadimplência controlada. “O grande tema agora é gerar uma proposta de valor para convencer, por exemplo, o cliente que está em um produto de fundo de garantia conosco a trazer o seu salário”, explica Correa.

Planos para IPO?

Por enquanto, o Agibank não pretende e nem precisa fazer um IPO e busca ser sempre “auto sustentável” em capital. Ainda assim, as conversas com o mercado nunca fecham, até mesmo para fortalecer sua imagem e garantir melhores linhas de captação. “Nós não descartamos, mas hoje não está no pipeline da companhia. Se houver uma condição futura, uma mudança no mercado, decerto vamos analisar”, pontua Correa.

Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.