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A Equinox, uma rede de academias de luxo dos Estados Unidos, criou uma assinatura anual em maio deste ano que promete um serviço de bem-estar completo, indo muito além da musculação. Por uma pequena fortuna de US$ 40.000 (R$ 218.350) por ano — equivalente a US$ 3.334 ou R$ 18.195 por mês — a academia oferece exames de sangue, acompanhamento do sono, orientação nutricional e acesso às sofisticadas instalações da rede em todo o país.
Julia Klim, vice-presidente de parcerias estratégicas da Equinox, explicou à revista The Economist o que leva os clientes a pagar tal quantia: “Você pode comprar uma bolsa Chanel todo ano, mas a saúde e a boa aparência são o verdadeiro símbolo de luxo.”
O mercado global de atividades físicas, que abrange desde vestuário até equipamentos, deve crescer 8% ao ano entre 2023 e 2027, segundo o Global Wellness Institute. Durante a pandemia, analistas acreditavam que as academias estavam fadadas ao fracasso, com cada vez mais pessoas se adaptando a treinos online.
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Entretanto, desde o fim do confinamento forçado, as assinaturas em academias dispararam, enquanto empresas de equipamentos para exercícios em casa, como a Peloton, viram seu valor de mercado despencar 96% desde o pico da pandemia.
“Não existe nada que reproduza a experiência presencial”, afirmou Fritz Lanman, CEO da plataforma de exercícios ClassPass, à revista britânica.
A ascensão do setor vai desde as academias de bairro de baixo custo até as academias de luxo com mensalidades de milhares de dólares (ou reais).
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A pandemia impulsionou a preocupação das pessoas com a saúde: relógios inteligentes são capazes de monitorar o sono e contabilizar calorias e passos dados no dia, culminando no incentivo à prática de exercícios caso o objetivo pré-cadastrado não seja alcançado.
Uma pesquisa da Mindbody, fabricante de software para exercícios, revelou que, em 2021, a maioria dos americanos se exercitava para controlar o peso, enquanto em 2023 o foco passou a ser uma vida longa e saudável.
O termo mais utilizado pelo setor é “bem-estar”.
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A Third Space, uma rede de academias de alto padrão em Londres, está instalando banhos frios, câmaras de crioterapia e salas de terapia com luz vermelha. O diretor Colin Waggett afirmou à The Economist que, há cinco anos, os clientes usavam a sauna apenas por prazer. Atualmente, o objetivo é “recuperação, sono e bem-estar mental.”
Nem mesmo os novos medicamentos para emagrecimento, como Ozempic e Wegovy, parecem ser uma competição para a nova onda de “bem-estar”. O argumento do setor é que esses medicamentos podem levar à perda de massa muscular além da gordura, e a redução de peso pode motivar as pessoas a se tonificarem, servindo como um catalisador para a mudança.