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Abates de bovinos continuam em alta no país; Minerva vê ciclo favorável até 2025

Segundo o IBGE, aumento no primeiro trimestre foi de 24%

Fernando Lopes

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Os abates de bovinos voltaram a crescer de forma expressiva no país no primeiro trimestre do ano, e a oferta confortável continua a beneficiar os negócios dos frigoríficos. E para grandes empresas do segmento como a Minerva Foods, que lidera as exportações de carne bovina na América do Sul, com participação de cerca de 20% nos embarques totais da proteína, o ciclo favorável deverá durar pelo menos até meados de 2025

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os abates somaram 9,24 milhões de cabeças de janeiro a março, 24,1% mais que no mesmo período de 2023. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, houve aumento de 0,9%. A produção de carcaças bovinas chegou a 2,38 milhões de toneladas, com incremento de 23,6% na comparação anual. 

“O ciclo deverá seguir favorável até a entressafra do ano que vem”, afirmou Fernando Galletti de Queiroz, presidente da Minerva Foods, em teleconferência com analistas na manhã desta quinta-feira sobre os resultados da companhia no primeiro trimestre. Segundo ele, a produção de bezerros está forte e a retenção de fêmeas não começou. Os abates da Minerva superaram 1 milhão de cabeças no intervalo, 23,2% mais que entre janeiro e março de 2023, e a margem Ebitda da empresa cresceu de 8,3% para 8,8%. 

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Queiroz reforçou que, diante da boa oferta, o Brasil está com a faca e o queijo na mão para ampliar suas exportações, uma vez que nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, o ciclo pecuário ainda é negativo para os frigoríficos. Com isso, a Minerva tem conseguido inclusive “escolher” melhor os destinos de suas exportações, que já estão bem menos dependentes da China. O país é o principal importador de carne bovina brasileira, mas os preços praticados em seu mercado estão menos atraentes.

“Nunca tivemos tantos mercados abertos”, afirmou Queiroz. Entre destinos promissores, o executivo destacou Sudeste Asiático, África Sub-sahariana, Argélia e Turquia – além do Japão, que poderá ampliar a abertura de seu mercado para os cortes do Brasil. Com produção de carne bovina também em Argentina, Colômbia, Paraguai e Uruguai, a Minerva, de acordo com seu presidente, continua em situação privilegiada para definir origens e destinos das vendas, em busca das melhores margens.

Nesse contexto, o mercado brasileiro ganhou força nas vendas da Minerva no primeiro trimestre, tanto que a participação das exportações na receita bruta obtida pela companhia no país caiu de 64,%, de janeiro a março de 2023, para 51,5% no mesmo intervalo deste ano. Nos demais países da América do Sul, a fatia das exportações na receita bruta, em média, aumentou – de 66,4% para 68,6%