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48 milhões dos brasileiros investiriam em ações de clubes de futebol

Flamengo, Palmeiras e Red Bull Bragantino são clubes que atraem mais interesse financeiro pelas torcidas

Iuri Santos

(Fotos: Gilvan de Souza/Divulgação/Flamengo)
(Fotos: Gilvan de Souza/Divulgação/Flamengo)

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Aproximadamente 48 milhões dos brasileiros investiriam em ações de clubes de futebol caso elas estivessem disponíveis no mercado de capitais. O relatório “Perfil Demográfico da Torcida Brasileira de Futebol”, lançado pela CBF Academy em parceria com a AtrlasIntel mostra Flamengo, Palmeiras e Red Bull Bragantino como os clubes pelos quais torcedores têm mais interesse financeiro.

“Isso seria um novo atrativo para os clubes se capitalizarem, uma super ampliação do número de pessoas na bolsa e uma forma também de transferir parte dos gastos que os brasileiros têm feito nas bets para investimentos direto nos clubes”, diz o diretor de políticas públicas na AtlasIntel, Marcelo Rotenberg.

Ao todo, 23,5% dos torcedores do Brasil afirmaram que investiriam em ações de clubes, dos quais 3,8 milhões — ou 8,2% dos brasileiros — estariam dispostos a investir até R$ 5 mil.

O Flamengo, maior torcida do país, é o clube para o qual a maior parte dos entrevistados relataram ter maior disposição de investimento, com 43,3% indicando que comprariam ações. Palmeiras, com 37%, e Bragantino, de 35,7%, vêm na sequência. São Paulo, 32,8%, Fluminense, 32,7% e Botafogo, 30,5%, vêm na sequência.

Esses resultados revelam que a intenção de investimento está relacionada não apenas ao tamanho das torcidas, mas também à percepção de gestão, estabilidade esportiva e imagem institucional.

Entre os cinco clubes que atraem mais disposição de investimento, apenas o Botafogo é uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), enquanto o Bragantino é organizado sob o modelo de clube-empresa.

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Dados da pesquisa indicam, inclusive, que o modelo de SAF não é consenso entre torcedores brasileiros: 36,4% dos torcedores são favoráveis à transformação dos clubes para esse regime, enquanto 27,1% são contrários — 36,5% dizem não saber se apoiam ou não o modelo.

Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.