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O Ministério da Justiça publicou nesta segunda-feira (8) a relação nacional com os 216 foragidos mais procurados do país, reunindo criminosos de alto risco indicados pelas secretarias estaduais conforme gravidade dos crimes, vínculo com facções e atuação interestadual.
A plataforma integra o Programa Captura, que unifica dados, amplia o intercâmbio de informações entre os estados e reforça a cooperação com a população por meio de denúncias anônimas via 190 e 197.
André do Rap
Entre os nomes mais conhecidos, estão figuras centrais do crime organizado no Brasil, como André do Rap, liderança do PCC responsável por articular o envio de grandes carregamentos de cocaína para a Europa e a África.
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Condenado em duas instâncias a 25 anos por tráfico internacional, ele desapareceu após ser solto por decisão liminar do STF em 2020.
O habeas corpus, concedido pelo então ministro Marco Aurélio Mello e depois revogado pelo presidente da Corte, Luiz Fux, permitiu sua fuga antes da reversão da medida. Desde então, é procurado pelas Justiças de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Doca
Outro nome que integra a lista é Edgard Alves de Andrade, o Doca, apontado como uma das principais lideranças do Comando Vermelho no Rio. Ele esteve no centro da megaoperação realizada na Penha e no Alemão em outubro, e é acusado de comandar ações violentas em diversas comunidades.
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O Ministério Público atribui a ele mais de cem homicídios, além de execuções, desaparecimentos e ataques ligados à disputa territorial entre tráfico e milícias. Também pesa sobre Doca a suspeita de envolvimento no assassinato de três médicos na Barra da Tijuca em 2023, crime que teve repercussão nacional. Há mais de 20 mandados de prisão contra ele.
Contraventor
A lista inclui ainda o contraventor Bernardo Bello, figura conhecida no submundo do jogo do bicho e personagem da série “Vale o Escrito”, do Globoplay. Ele responde por denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro, envolvimento em execuções e disputa violenta pelo controle da contravenção no Rio.

Ele chegou a ser preso em Bogotá em 2022, quando voltava de Dubai, mas foi solto por decisão do STJ e depois voltou a descumprir medidas judiciais, tornando-se foragido. O MP afirma que Bello continuou comandando negócios ilícitos mesmo após determinações de recolhimento domiciliar.
Segundo o Ministério da Justiça, a criação do site responde a um diagnóstico que aponta que criminosos de diferentes estados costumam se esconder no Rio de Janeiro, dificultando ações isoladas.
A pasta informou que instalará no estado uma célula operacional dedicada a apoiar polícias estaduais e agilizar a circulação de dados para a recaptura de foragidos.
Cada estado contribuiu com nomes considerados prioritários a partir de uma matriz de risco que leva em conta natureza dos crimes, projeção das facções e quantidade de mandados pendentes.
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O objetivo, segundo o governo, é articular uma estratégia nacional mais eficaz contra criminosos de alta periculosidade e ampliar a participação da população nas buscas.
