Polícia investigará moradores que retiraram corpos após operação no Rio

Governo do estado afirma que envolvidos podem responder por fraude processual

Marina Verenicz

Integrantes da unidade especial da Polícia Militar se reúnem para deter suspeitos de tráfico de drogas durante uma operação policial contra o tráfico de drogas na favela da Penha, no Rio de Janeiro, Brasil, em 28 de outubro de 2025. REUTERS/Aline Massuca
Integrantes da unidade especial da Polícia Militar se reúnem para deter suspeitos de tráfico de drogas durante uma operação policial contra o tráfico de drogas na favela da Penha, no Rio de Janeiro, Brasil, em 28 de outubro de 2025. REUTERS/Aline Massuca

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira (29) que vai investigar moradores do Complexo da Penha que retiraram corpos de uma área de mata após a megaoperação policial contra o Comando Vermelho (CV), realizada na terça (28).

Segundo a corporação, os envolvidos poderão responder por fraude processual, uma vez que a retirada dos corpos pode ter alterado o local dos fatos. A decisão foi comunicada durante coletiva de imprensa das forças de segurança estaduais realizada no início da tarde.

De acordo com relatos de moradores e testemunhas, algumas das vítimas apresentavam sinais de violência, como tiros à queima-roupa, ferimentos de faca e marcas de amarração.

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Balanço de mortos diverge

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou pela manhã que a ação deixou 132 mortos, enquanto o governo estadual atualizou o número para 119 vítimas, sendo 58 no dia da operação e 61 corpos encontrados posteriormente na mata.

Segundo relatos locais, mais de 60 corpos foram retirados da área por moradores durante a madrugada. O governo confirmou que 61 corpos foram recuperados pela Defesa Civil na mesma região, localizada no entorno do Complexo da Penha, na zona norte do Rio.

A operação, considerada a mais letal da história do estado, mobilizou 2.500 policiais civis e militares e teve como alvo líderes do Comando Vermelho que atuavam nos complexos da Penha e do Alemão.

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