Há ‘fortes indícios’ de que foco de gripe aviária está contido, diz ministro

País entrou no "vazio sanitário", período de 28 dias necessário para o caso ser considerado concluído e Brasil retomar o status de livre de gripe aviária, caso novos focos não sejam confirmados

Estadão Conteúdo

Uma vista de drone mostra uma escavadora movendo terra ao lado de um buraco no chão em uma granja de aves, após o Brasil confirmar seu primeiro surto de gripe aviária na sexta-feira, o que desencadeou protocolos para uma proibição de comércio em todo o país por parte do principal comprador, a China, e restrições estaduais para outros grandes consumidores, em Montenegro, Brasil, em 17 de maio de 2025. REUTERS/Diego Vara/Foto de Arquivo.
Uma vista de drone mostra uma escavadora movendo terra ao lado de um buraco no chão em uma granja de aves, após o Brasil confirmar seu primeiro surto de gripe aviária na sexta-feira, o que desencadeou protocolos para uma proibição de comércio em todo o país por parte do principal comprador, a China, e restrições estaduais para outros grandes consumidores, em Montenegro, Brasil, em 17 de maio de 2025. REUTERS/Diego Vara/Foto de Arquivo.

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a afirmar que há “fortes indícios” de que o foco de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS), confirmado há uma semana, está contido. “Este vírus (H5N1) é bastante voraz e letal às aves. Apesar de estarmos em um sistema muito ativo de busca de casos, nenhuma outra ave morreu”, explicou Fávaro a jornalistas após participar de encontro do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente da Angola, João Lourenço, com representantes de produtores rurais nesta sexta-feira, 23. “Portanto, isso é um forte indício de que o caso está contido”, afirmou o ministro.

Fávaro lembrou que o País entrou na quinta-feira no vazio sanitário, período de 28 dias necessário para o caso ser considerado concluído e o País retomar o status de livre de gripe aviária, caso novos focos não sejam confirmados. O prazo é contabilizado após a desinfecção total da área afetada.

“Estamos no segundo dia dos 28 para podermos confirmar que não há mais focos. Se em nenhum lugar estão aparecendo animais vivos e mortos, em virtude de gripe aviária, é a certeza de que o foco está contido”, afirmou o ministro. “Mas seguiremos com muita prudência e transparência”, apontou.

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Ao todo, há 12 investigações de suspeita de gripe aviária em andamento no País, conforme atualização mais recente da plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, do Ministério da Agricultura, às 13 horas.

As investigações estão em andamento com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.

De acordo com os dados da plataforma, duas investigações são em plantas comerciais: em uma granja de pintinhos de cinco dias em Ipumirim (SC) e em um abatedouro de aves em Aguiarnópolis (TO).

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Em relação à suspeita investigada em aviário comercial em Santa Catarina, o ministro disse que há indício forte de que a suspeita é negativa para a doença. “Posso quase afirmar que é negativo. A contraprova de que é negativo é que os animais que conviveram com os animais supostamente contaminados não adoeceram. Essa é a maior comprovação que será negativo”, disse Fávaro, em referência ao potencial altamente contagioso da gripe aviária.

Segundo o ministério, as análises das amostras da suspeita seguem em andamento. Na quinta, a Secretaria de Agricultura e Pecuária de Santa Catarina informou que a suspeita de gripe aviária em plantel comercial no Estado foi descartada, o que foi negado pelo ministério.

Até o momento, há um caso confirmado de gripe aviária em granja comercial no País, em Montenegro, em um matrizeiro de aves na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. No total, o País já registrou 164 casos da doença em animais silvestres no País (sendo 160 em aves silvestres e 4 em leões-marinhos), 3 focos em produção de subsistência, de criação doméstica, e 1 em produção comercial, somando 168 ao todo no País.